O decreto, publicado pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), tem validade inicial de 180 dias e permite maior articulação entre o setor público e privado para controle sanitário.
O Governo de Goiás decretou situação de emergência zoossanitária no estado em 17 de maio de 2025, após a confirmação do primeiro caso de gripe aviária (H5N1) em uma granja comercial no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul. A medida, de caráter preventivo, visa reforçar as ações de vigilância, biossegurança e resposta rápida diante do avanço da gripe aviária no país.
O decreto, publicado pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), tem validade inicial de 180 dias e permite maior articulação entre o setor público e privado para controle sanitário. Segundo o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, “Goiás tem um papel relevante na avicultura nacional e precisamos proteger nossos plantéis e nossa economia com ações rápidas e coordenadas”.
Até o momento, não há registro de casos de gripe aviária em Goiás, seja em granjas comerciais, criações de subsistência ou aves silvestres. A decisão do governo estadual acompanha as diretrizes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que prorrogou por 180 dias, por meio da Portaria nº 784/2025, a vigência da emergência zoossanitária nacional declarada em 2023.
A gripe aviária é uma doença viral altamente contagiosa que afeta aves domésticas e silvestres, podendo causar alta mortalidade nos plantéis. O subtipo H5N1, classificado como de alta patogenicidade, é o principal responsável pelos recentes surtos da doença. Embora o risco de transmissão para humanos seja considerado baixo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) monitora a situação e avalia o desenvolvimento de possíveis vacinas contra o vírus.
A medida adotada por Goiás busca garantir a segurança alimentar, a sanidade animal e a continuidade dos mercados internacionais, que reconhecem a qualidade e a sanidade da produção avícola brasileira. Com a decretação da situação de emergência, o estado poderá assegurar ações mais céleres, desde a vigilância ativa até a contenção e erradicação de possíveis focos, caso surjam.