Presidente Pezeshkian diz que Teerã venceu guerra de 12 dias ‘imposta por Israel’; cessar-fogo foi anunciado por Trump após ataques a base americana no Catar.
O governo do Irã anunciou oficialmente o fim do atual ciclo de confrontos com Israel, classificando o desfecho como uma “grande vitória” para o país e seus aliados na região. A declaração foi feita por porta-vozes da Guarda Revolucionária e do Ministério das Relações Exteriores, após semanas de tensão que elevaram o risco de uma escalada militar no Oriente Médio.
Segundo autoridades iranianas, o objetivo da retaliação contra Israel já foi atingido, e o país não vê mais necessidade de manter o estado de confronto. O anúncio ocorre após um período de intensos ataques mútuos, envolvendo drones, mísseis e declarações hostis, iniciados após o bombardeio da embaixada iraniana em Damasco, na Síria, no início de abril — ataque atribuído a Israel.
O governo israelense ainda não confirmou oficialmente o fim das hostilidades, mas fontes militares do país indicaram uma desaceleração nas ações ofensivas e reforçaram que “Israel continua vigilante e preparado para responder a qualquer ameaça”.
Analistas internacionais apontam que a declaração do Irã tem peso político e simbólico, servindo também como um gesto de apaziguamento em meio à crescente pressão internacional por moderação, especialmente de países como China, Rússia e da União Europeia.
Durante o conflito, o Irã mobilizou aliados regionais, como o Hezbollah no Líbano e milícias no Iraque e na Síria, em uma frente de apoio que preocupou governos ocidentais e levou os Estados Unidos a reforçarem sua presença militar no Golfo Pérsico.
A “vitória” proclamada por Teerã é, segundo analistas, mais diplomática do que militar. O Irã conseguiu mostrar capacidade de resposta e coordenação regional, enquanto evitou um confronto direto e prolongado que poderia resultar em sanções adicionais ou em um novo colapso econômico.
A comunidade internacional ainda aguarda os próximos passos de ambos os lados. Por ora, o anúncio do Irã é visto como um movimento importante para conter uma nova escalada de violência em uma das regiões mais instáveis do mundo.