Entre os animais mortos está dos garanhões mais premiados e valiosos do país, avaliado em R$ 12 milhões
Uma contaminação inédita de ração por uma substância tóxica causou a morte de 245 cavalos nos estados de Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Alagoas, segundo o Ministério da Agricultura (Mapa). O alimento equino é da empresa Nutratta Nutrição Animal Ltda.
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Os casos têm sido investigados desde o recebimento da primeira denúncia, em 26 de maio. Em todas as propriedades investigadas, os equinos que adoeceram ou vieram a óbito consumiram produtos da empresa. Já os animais que não ingeriram as rações permaneceram saudáveis, mesmo quando alojados nos mesmos ambientes.
O cenário, inclusive, tem provocado prejuízos. Um dos garanhões mais premiados e valiosos do país morreu em Atalaia, Alagoas, com suspeita de intoxicação alimentar. Quantum de Alcatéia, avaliado em R$ 12 milhões, vivia no haras Nova Alcateia, quando começou a apresentar sintomas graves e não resistiu.
Quantum era considerado uma das grandes promessas da raça Mangalarga Marchador, principalmente pela produção. Os resultados das amostras coletadas e analisadas pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA) constataram a detecção de alcaloides pirrolizidínicos (substâncias tóxicas, chamada de monocrotalina, e incompatíveis com a segurança alimentar animal).
A investigação aponta que a contaminação ocorreu por falha no controle da matéria-prima, que continha resíduos de plantas do gênero crotalaria, responsáveis pela geração da monocrotalina. O Mapa instaurou processo administrativo fiscalizatório, lavrou auto de infração e determinou a suspensão cautelar da fabricação e comercialização de rações destinadas, inicialmente, a equídeos. Posteriormente, a medida foi estendida para rações de todas as espécies animais.
Apesar da interdição determinada pelo ministério, a empresa obteve na Justiça autorização para retomar parte da produção não destinada a equídeos. O Mapa já recorreu da decisão, apresentando novas evidências técnicas que reforçam o risco sanitário representado pelos produtos e a necessidade de manutenção das medidas preventivas adotadas.
O ministério afirma que permanece atento a qualquer nova denúncia e manterá a sociedade informada com total transparência. As ações de fiscalização seguem reforçadas, com foco na proteção da saúde animal e na segurança da cadeia produtiva.
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