Estado de Emergência no Rio Grande do Sul: Sobe para 100 o número de mortos
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul atualizou para 100 o número de mortos em decorrência dos temporais que assolam o estado, com outros 4 óbitos em investigação. O boletim divulgado na manhã desta quarta-feira (8) ainda aponta 128 desaparecidos e 372 feridos, enquanto 230,4 mil pessoas estão fora de suas casas, buscando abrigo em meio à tragédia.
Os impactos dos temporais se estendem por grande parte do território gaúcho, com 417 dos 497 municípios registrando problemas relacionados às intempéries, afetando cerca de 1,4 milhão de pessoas. A situação é crítica, com famílias desabrigadas e desalojadas, enfrentando dificuldades para acessar serviços básicos.
Em meio ao caos, o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, emitiu um alerta para os moradores dos bairros Cidade Baixa e Menino Deus, recomendando que deixem a região devido à elevação das águas. A Arena do Grêmio, um dos pontos de apoio para desabrigados, encontra-se sem estrutura, forçando o translado de mais de 300 pessoas para abrigos municipais.
Para atender às necessidades emergenciais, hospitais de campanha foram montados pelo governo federal em municípios como Estrela, Canoas e São Leopoldo, visando oferecer assistência médica às vítimas feridas e desabrigadas.
Além disso, os serviços básicos enfrentam graves problemas, com mais de 400 mil imóveis sem energia elétrica e mais de meio milhão de clientes da Corsan sem abastecimento de água. As comunicações também foram afetadas, com diversas áreas sem sinal de telefonia e internet.
A situação nas escolas é igualmente preocupante, com 741 unidades de ensino de 233 municípios afetadas, impactando mais de 270 mil estudantes. Enquanto algumas regiões retomam as aulas, outras, incluindo Porto Alegre e seus arredores, permanecem sem previsão de retorno às atividades escolares.
Nas rodovias estaduais, equipes trabalham incessantemente para desobstruir os 85 trechos bloqueados, garantindo a segurança e mobilidade da população. Porém, o Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, permanece fechado por tempo indeterminado, com todas as operações suspensas.
Diante do cenário devastador, as autoridades alertam para a necessidade de solidariedade e apoio às vítimas, enquanto medidas emergenciais são tomadas para enfrentar essa crise sem precedentes no Rio Grande do Sul.
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