A Justiça do Distrito Federal concedeu a George Washington de Oliveira Sousa, apontado como responsável pelo plano de ataque à bomba no aeroporto de Brasília em dezembro de 2022, o direito ao regime semiaberto. Com isso, Sousa poderá ficar fora da cadeia durante o dia, devendo retornar ao presídio para dormir. A decisão foi tomada pela juíza Francisca Danielle Vieira Rolim Mesquita, que também autorizou Sousa a trabalhar fora da prisão. “Pelos mesmos fundamentos, vale dizer, preenchidos os requisitos objetivo e subjetivo, concedo ao sentenciado autorização para o trabalho externo”, afirmou a magistrada.

No entanto, a juíza negou o pedido de saídas temporárias. Segundo a advogada de Sousa, Rannie Karlla Monteiro, as saídas temporárias não foram concedidas porque ele não recebeu visitas enquanto estava no regime fechado. A defesa informou que pretende reunir os documentos necessários para tentar assegurar esse direito no futuro.

George Washington de Oliveira Sousa foi condenado a 9 anos e 8 meses de prisão pela tentativa de atentado a bomba no Aeroporto Internacional de Brasília. A progressão para o regime semiaberto foi possível após ele cumprir 16% da pena, conforme informado por sua advogada.

Após a sua prisão, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) encontrou em sua residência um arsenal de armas, munições e explosivos. Sousa foi identificado como um dos mentores de um plano de ataque no Distrito Federal, que foi executado em 24 de dezembro de 2022, véspera de Natal. A bomba, com a força de uma dinamite, foi colocada em um caminhão-tanque que iria para o aeroporto, mas não explodiu devido a um erro técnico.

A investigação revelou que os explosivos foram transportados do Pará para Brasília e que o plano foi organizado próximo ao Quartel General do Exército, onde apoiadores do então presidente Jair Bolsonaro estavam acampados contestando os resultados das eleições de 2022.

Com a nova decisão, George Washington de Oliveira Sousa terá a oportunidade de trabalhar externamente, mas continuará a cumprir sua pena em regime semiaberto. A defesa está empenhada em garantir que ele obtenha todos os direitos previstos pela lei, incluindo as saídas temporárias, dependendo da documentação adicional que será apresentada.