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Os “Wokes” estão em Xeque nas Empresas, Saiba quem são “Elus”

Os “Wokes” estão em Xeque nas Empresas, Saiba quem são “Elus”

Vice-presidente da Vale diz que ‘cultura woke’ perde espaço para mérito e desempenho nas empresas

Cátia Porto é formada em psicologia e pós-graduação em gestão de recursos humanos

Em uma recente declaração, a vice-presidente executiva de pessoas da Vale, Cátia Porto, afirmou que a cultura “woke” está cada vez mais perdendo espaço nas empresas e abrindo caminho para práticas focadas no mérito e desempenho. Esta mudança retira o enfoque das políticas DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão) e introduz um novo movimento identificado como MEI (Mérito, Excelência e Inteligência).

O Que é a Cultura Woke?

 

A expressão “woke”, traduzida como “desperto”, ganhou notoriedade como um termo usado por conservadores para criticar pautas identitárias e de conscientização social. A cultura woke insiste na justiça social, direitos iguais e a valorização da diversidade como elementos cruciais para a evolução das sociedade e ambientes de trabalho. No entanto, críticos afirmam que esta abordagem impõe narrativas forçadas que muitas vezes dividem mais do que unem.

Mudança de Paradigma Empresarial

No contexto empresarial, a transição de uma cultura focada no DEI para uma baseada no MEI representa uma priorização do desempenho e das habilidades intelectuais sobre características identitárias. Porto compartilhou suas opiniões através de uma publicação em seus stories no Instagram, que geraram repercussão e foram confirmadas por veículos como Capital Reset e Folha de S. Paulo.

créditos foto: Arquivo VALE

A Vale informou, no entanto, que suas diretrizes para diversidade e inclusão permanecem inalteradas, destacando a importância da pluralidade como motor para inovação e eficiência nos negócios. A empresa visa aumentar a representatividade feminina e negra em suas estruturas corporativas até 2026, focando no mérito como fator de inclusão e promoção.

Contexto Americano e Influências Globais

Nos últimos anos, movimentações políticas nos Estados Unidos, como a eleição de Donald Trump e decisões judiciais sobre ações afirmativas, influenciaram diretamente as abordagens corporativas em relação à diversidade. Empresas de grande porte como Meta, Walmart e Amazon, reavaliaram suas políticas DEI em resposta a pressões externas e internas, buscando um equilíbrio entre inclusão e desempenho.

Tal fenômeno reverbera globalmente, com entidades como a Vale divulgando dados de sucesso relacionados a políticas de mérito, apontando a necessidade de adaptação às novas tendências enquanto mantêm compromissos fundamentais de diversidade.

Reflexões sobre a Cultura Woke e a Realidade Corporativa Atual

À medida que as empresas navegam pelo ambiente de negócios contemporâneo, questões relacionadas à cultura woke versus mérito tornam-se mais prevalentes. Esta dicotomia levanta reflexões sérias sobre como equilibrar a necessidade de um ambiente de trabalho diversificado e inclusivo com a imperatividade de um desempenho superior.

O ciclo de transformações nas políticas corporativas reflete uma sociedade em constante mudança. Surgem perguntas sobre o papel da cultura organizacional na promoção de valores que não só estimulam o avanço das empresas, mas também refletem um compromisso social maior. Ao final, o objetivo é buscar práticas que sejam economicamente sustentáveis, eticamente saudáveis e que promovam a justiça social integrada ao potencial econômico.

Em síntese, enquanto a cultura woke enfrenta ressurgimentos e resistências, as organizações são desafiadas a conceituar novamente o que significa ser verdadeiramente inclusivo, com práticas que incorporam tanto a valorização da diversidade quanto a busca por mérito e excelência. A liderança corporativa que emerge vitoriosa é aquela que consegue alinhar suas estratégias de negócio com uma visão social consciente, traçando, assim, um caminho que destaca inovação, respeito e integração em um mercado global cada vez mais complexo.


E o Pessoal do RH faz como?

Acompanhar e adaptar-se às tendências é essencial para qualquer organização que tenha a intenção de prosperar na atual conjuntura econômica e social. A conversa sobre políticas DEI e abordagem por mérito continuará a se desdobrar, e observá-la de perto permitirá uma melhor compreensão dos desafios e das oportunidades que moldam o futuro do trabalho. Na prática é o consumidor que define se compra ou não produtos ou serviços de empresas “DEI” ou “MEI”, o que pode representar uma grande vantagem estratégica para o Marketing de qualquer empresa quando bem percebido pelo público.

Ao olhar para as práticas empresariais de importantes companhias como a Vale e outras similares, é vital que outras entidades sigam estratégias que melhorem não apenas o crescimento corporativo, mas também contribuam positivamente para a sociedade como um todo. É nesse ponto de interseção que se localiza o verdadeiro potencial transformador do mundo corporativo moderno.

A Trajetória de Cátia Porto

Desde que assumiu o cargo em uma reorganização promovida pelo presidente Gustavo Pimenta, em dezembro, Porto destaca-se por sua carreira robusta em recursos humanos e iniciativas de liderança na diversidade. Além de seu papel corporativo, Porto oferece mentorias e articula discussões significativas em plataformas como seu perfil no Instagram, compartilhando insights com seus mais de 136 mil seguidores.

A discussão em torno da cultura woke e das políticas empresariais centradas em mérito reflete um paradigma complexo e em evolução nas corporações modernas. Empresas como a Vale demonstram a viabilidade de combinar objetivos financeiros com compromissos sociais, promovendo um ambiente corporativo mais inclusivo e eficiente. É natural que haja um equilibrio entre as políticas inclusivas e a nescessidade de performance das empresas, que apesar de chamarmos de “pessoa jurídica”, não tem coração e sim balanços contábeis.

 

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