Com faixas, cartazes e gritos de ordem, dezenas de vendedores se concentraram em Copacabana e caminharam até a sede da prefeitura, no Centro. “Estão tirando nosso sustento”, disse João Carlos, vendedor há mais de 15 anos na Praia do Recreio. “A música atrai turistas, anima o ambiente e ajuda a gente a vender. Sem isso, o movimento cai.”
Ambulantes das praias do Rio de Janeiro realizaram um protesto nesta segunda-feira (26) contra o novo conjunto de regras anunciado pela Prefeitura, que impõe restrições ao comércio e à atividade cultural nas faixas de areia. A medida mais polêmica é a proibição de música ao vivo nas praias, o que gerou revolta entre trabalhadores que dependem desse ambiente para garantir a renda diária.
Com faixas, cartazes e gritos de ordem, dezenas de vendedores se concentraram em Copacabana e caminharam até a sede da prefeitura, no Centro. “Estão tirando nosso sustento”, disse João Carlos, vendedor há mais de 15 anos na Praia do Recreio. “A música atrai turistas, anima o ambiente e ajuda a gente a vender. Sem isso, o movimento cai.”
As novas regras também incluem a padronização de barracas, restrições ao uso de caixas de som e aumento da fiscalização sobre o comércio informal. A prefeitura alega que as medidas visam “organizar e melhorar a experiência dos frequentadores”, mas os ambulantes afirmam que não foram ouvidos durante o processo de elaboração das normas.
Sindicatos e associações de trabalhadores informais já solicitaram uma reunião urgente com representantes da prefeitura para renegociar os termos do decreto. Eles também pedem a suspensão temporária das regras até que haja diálogo com a categoria.
“É preciso equilíbrio entre organização e sobrevivência”, afirmou Maria Lúcia, presidente da associação de ambulantes da Zona Sul. “Queremos trabalhar com dignidade, não ser empurrados para a informalidade total.”
A prefeitura ainda não se pronunciou oficialmente sobre o protesto.