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Lojas Americanas Reinventa Estratégia Com Foco no Varejo Físico Apesar de Redução de Lojas

Lojas Americanas Reinventa Estratégia Com Foco no Varejo Físico Apesar de Redução de Lojas

A expectativa é que a empresa continue a ajustar seu tamanho até o final de 2025

Em um cenário de transformação e adaptação, a Lojas Americanas se apresenta como uma entidade mais compacta e focada no varejo físico, especializada na venda de itens variados como doces, produtos de beleza, utensílios domésticos e brinquedos. A expectativa é que a empresa continue a ajustar seu tamanho até o final de 2025, com projeções indicando a possibilidade de sair da recuperação judicial em 2026.

Durante uma apresentação na manhã desta quinta-feira (15), Leonardo Coelho, presidente da companhia, juntamente com Camille Faria, diretora financeira e de relações com investidores, discutiram os resultados financeiros do último trimestre de 2023 e do primeiro semestre de 2024. Os dados revelam um prejuízo de R$ 2,3 bilhões no ano anterior, uma melhoria significativa em comparação com as perdas de R$ 12,2 bilhões em 2022. No primeiro semestre do ano corrente, a empresa registrou um prejuízo de R$ 1,4 bilhão, uma redução de 53% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A melhoria na seleção e distribuição de produtos nas lojas físicas, além de uma negociação mais efetiva com fornecedores, foram apontadas como cruciais para a recuperação da empresa. “Agora temos o produto certo, na loja certa, no momento certo, o que reduziu significativamente a falta de produtos nas prateleiras,” explicou Coelho.

Com 71% das vendas brutas provenientes do varejo físico no primeiro semestre, a Americanas vê este segmento como essencial para seu renascimento. Esta mudança marca uma transição significativa da empresa, que anteriormente gerava 59% de suas vendas através do comércio eletrônico.

Lojas Americanas Reinventa Estratégia Com Foco no Varejo Físico Apesar de Redução de Lojas

Lojas Americanas Reinventa Estratégia Com Foco no Varejo Físico Apesar de Redução de Lojas

A queda acentuada nas vendas online, superior a 75% no último ano, foi atribuída a uma “crise de credibilidade” que afetou tanto consumidores quanto vendedores no marketplace da Americanas. Coelho destacou a diferença entre comprar em loja física e online, onde a confiança do consumidor desempenha um papel fundamental.

A decisão de interromper a operação de compra de produtos para venda online, conhecida como “1P”, foi tomada para reduzir a necessidade de capital de giro, transformando o site e o aplicativo da Americanas exclusivamente em um marketplace.

Apesar do foco renovado nas lojas físicas, a rede ainda passará por um processo de otimização, com o fechamento de unidades não rentáveis. Até o momento, o número de lojas foi reduzido em 10%, de 1.803 para 1.622.

A saída da recuperação judicial, segundo Camille Faria, não é esperada antes de 2026. A empresa está atualmente sob supervisão judicial, um processo que geralmente dura cerca de dois anos após a aprovação do plano de recuperação. A Lojas Americanas já implementou a maior parte de seu plano de recuperação nos últimos seis meses, mas deve continuar sob supervisão judicial devido à necessidade de organizar a venda de ativos específicos, como a HNT (Hortifruti Natural da Terra) e a Unico, através de Unidade Produtiva Isolada (UPI).

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