O anúncio, feito nesta sexta-feira, identifica Hussein Ahmad Karaki como o principal operador do grupo na região
Em uma surpreendente declaração, a ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, trouxe à luz informações cruciais sobre a presença do Hezbollah na América Latina. O anúncio, feito nesta sexta-feira, identifica Hussein Ahmad Karaki como o principal operador do grupo na região, com supostas ligações a atividades terroristas no Brasil e no Paraguai.
Quem é Hussein Ahmad Karaki?
- Identificado como chefe do Hezbollah na América Latina
- Suspeito de envolvimento no atentado à embaixada de Israel em Buenos Aires (1992)
- Utiliza aliases como Alberto Leon Nain e Elías Ribeiro Da Luz
- Atualmente reside no Líbano
Conexões Internacionais e Atividades Suspeitas
A investigação argentina revela um intrincado cenário de operações transnacionais:
PAÍS | ATIVIDADES SUSPEITAS |
---|---|
Argentina | Ligação com atentado à embaixada israelense |
Brasil | Possível recrutamento e planejamento de ataques |
Paraguai | Circulação e potenciais atividades terroristas |
Venezuela | Suposto fornecimento de documentos falsos |
Bullrich enfatizou a gravidade da situação, declarando: “É um baque muito forte mostrar a cara dele e dizer onde ele está”. A ministra também revelou que Karaki operava sob as ordens diretas de Hassan Nasrallah, o falecido líder do Hezbollah.
Implicações para a Segurança Regional
A revelação dessas informações levanta sérias preocupações sobre a segurança na América Latina:
- Pedido de inclusão de Karaki na lista de procurados da Interpol
- Possíveis conexões com a recente Operação Trapiche da Polícia Federal brasileira
- Suspeitas de planejamento de ataques a alvos israelenses na região
Operação Trapiche: A Resposta Brasileira
Em outubro de 2023, logo após os ataques do Hamas a Israel, a Polícia Federal brasileira lançou a Operação Trapiche:
- Três indivíduos foram detidos
- Investigação focada no recrutamento de brasileiros para atividades terroristas
- Suspeitas de planejamento de ataques contra alvos israelenses na América Latina
- Dois suspeitos estavam no Líbano durante a operação
Esta operação, embora não tenha divulgado nomes de líderes, parece ter conexões com as recentes revelações argentinas, sugerindo uma possível rede terrorista mais ampla na região.
As revelações da ministra Bullrich lançam luz sobre uma complexa rede de atividades terroristas na América Latina, destacando a necessidade de cooperação internacional reforçada para combater ameaças à segurança regional. A identificação de Karaki como uma figura-chave nessa rede pode ser um passo significativo para desmantelar operações do Hezbollah no continente.
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