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Caiado critica reforma tributária: “vai desestruturar o Brasil real”

Caiado critica reforma tributária: “vai desestruturar o Brasil real”

Em seu discurso, o governador afirmou que a proposta “vai desestruturar o Brasil real”, alertando que os efeitos da reforma — que visam centralizar a arrecadação e simplificar tributos como ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins — tendem a beneficiar somente os estados de maior renda, em detrimento das regiões mais pobres.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), intensificou suas críticas à reforma tributária proposta pelo governo federal nesta terça-feira (10), durante sua participação no Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento (FCNA), em Brasília. Para Caiado, o projeto representa uma ameaça às economias estaduais e ao cotidiano da população, especialmente em regiões menos desenvolvidas.

Em seu discurso, o governador afirmou que a proposta “vai desestruturar o Brasil real”, alertando que os efeitos da reforma — que visam centralizar a arrecadação e simplificar tributos como ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins — tendem a beneficiar somente os estados de maior renda, em detrimento das regiões mais pobres.

Caiado ressaltou que a iniciativa agrava a concentração de poder na esfera federal, restringindo a autonomia de estados e municípios. “Aqui quem manda é só o governo federal. E o resto cumpre ordem?”, questionou durante o evento aredacao.com.br. Ele também classificou a reforma como “farsa”, ao mesmo tempo em que defende um modelo tributário inspirado nos Estados Unidos, em que cada unidade federativa administra seus próprios impostos.

O governador sustenta que os diferentes entes subnacionais têm realidades econômicas variadas, e uma reforma uniforme ignora tais disparidades. “Nós somos um país com entes federados. Como tal, temos direitos concorrentes”, reforçou.

Questionado sobre o impacto nos cofres estaduais, Caiado descartou antecipar a desoneração da cesta básica e criticou também o Fundo de Desenvolvimento Regional, mecanismo previsto para compensar estados pela perda de arrecadação do ICMS. Essa posição contrasta com governadores que apoiam a reforma, sublinhando o caráter federativo e conflituoso do debate .

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