A parlamentar negou que a viagem tenha sido uma tentativa de fuga. Em nota, afirmou que viajou por “agendas pessoais” e para buscar “meios de assegurar e restaurar a liberdade de expressão no Brasil junto a autoridades americanas”. Ela também declarou que, caso haja um pedido de prisão, se apresentará voluntariamente.
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) viajou para os Estados Unidos em 3 de abril de 2025, poucos dias após o Supremo Tribunal Federal (STF) iniciar seu julgamento por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal. O caso refere-se ao episódio em que, armada, ela perseguiu um homem nas ruas de São Paulo, na véspera do segundo turno das eleições de 2022.
A parlamentar negou que a viagem tenha sido uma tentativa de fuga. Em nota, afirmou que viajou por “agendas pessoais” e para buscar “meios de assegurar e restaurar a liberdade de expressão no Brasil junto a autoridades americanas”. Ela também declarou que, caso haja um pedido de prisão, se apresentará voluntariamente.
Até o momento, o STF não emitiu mandado de prisão contra Zambelli. O julgamento foi iniciado no plenário virtual com votos de cinco ministros favoráveis à condenação da deputada a 5 anos e 3 meses de prisão em regime semiaberto, além da perda do mandato e do cancelamento definitivo do porte de arma de fogo. No entanto, o processo foi suspenso após o ministro Kassio Nunes Marques pedir vista, o que pode adiar a decisão final por até 90 dias.
A viagem de Zambelli gerou críticas de adversários políticos, que sugeriram que ela estaria tentando escapar da Justiça. A deputada rebateu as acusações, afirmando que não é fugitiva e que não divulgou a viagem anteriormente devido ao bloqueio de suas redes sociais por decisão judicial.
O caso continua em aberto, com o julgamento no STF aguardando a retomada após o pedido de vista.