Com esta vitória, Santiago superou a marca anteriormente detida por Ádria Santos
Em uma performance memorável na Arena La Défense, Carol Santiago, aos 39 anos, entrou para a história do esporte paralímpico brasileiro nesta segunda-feira (2). Competindo nos 50 metros estilo livre na categoria S13, destinada a atletas com deficiência visual de grau moderado, Santiago não só conquistou a medalha de ouro, mas também estabeleceu um novo recorde pessoal com o tempo de 26s75. Este triunfo marcou sua quinta conquista dourada em jogos Paralímpicos, um feito sem precedentes.
Com esta vitória, Santiago superou a marca anteriormente detida por Ádria Santos, ícone do atletismo paralímpico brasileiro, que possuía quatro ouros. Curiosamente, Carol compete na categoria S12, que abrange nadadores com uma deficiência visual ligeiramente mais acentuada do que a S13, destacando ainda mais sua extraordinária habilidade.
Nascida com a síndrome de Morning Glory, uma rara condição que afeta a retina e reduz significativamente o campo de visão, Santiago não deixou que isso a impedisse de alcançar o sucesso. Inicialmente, ela se dedicou à natação convencional até 2018, ano em que decidiu ingressar no circuito paralímpico, uma mudança que provou ser decisiva em sua carreira.
Além de ultrapassar Santos em número de ouros, Carol agora também figura entre os dez maiores medalhistas paralímpicos do Brasil, com um total de sete medalhas, superando figuras emblemáticas do esporte, como o judoca Antônio Tenório. Seu desempenho em Tóquio foi particularmente notável, onde ela adicionou ao seu acervo três ouros, uma prata e um bronze, incluindo a vitória que a consagrou nesta última competição.
Maiores Medalhistas Paralímpicos do Brasil:
ATLETA | TOTAL DE MEDALHAS | |
---|---|---|
Daniel Dias | 27 | |
André Brasil | 14 | |
Clodoaldo Silva | 14 | |
Adria Rocha | 13 | |
Luiz Cláudio | 9 | |
Odair Santos | 9 | |
Phelipe Rodrigues | 9 | |
Adriano Lima | 8 | |
Terezinha Guilhermina | 8 | |
Carol Santiago | 7 |
Este marco não apenas reafirma o talento excepcional de Carol Santiago, mas também destaca o vigor e a resiliência dos atletas paralímpicos brasileiros no cenário mundial.
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