Suspeitos divulgaram sorteios, mas escolhiam ganhadores previamente
Um sofisticado e estruturado esquema criminoso responsável por R$ 20 milhões por meio de um complexo sistema de rifas ilegais, com manipulação dos resultados por meio do travamento prévio de cotas premiadas, foi alvo de operação da Polícia Civil de Goiás (PCGO) nesta quarta-feira, 13, em Porangatu. Conforme a corporação, os ganhadores eram previamente escolhidos, prática que garantia ganhos ilícitos e prejuízo direto aos consumidores.
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Foi constatado que a atividade não possuía qualquer regularização ou autorização legal, tratando-se de operação clandestina e fraudulenta. O esquema contava com diversos apoiadores, que desempenhavam funções logísticas, de divulgação, transporte de prêmios, intermediação de bens e captação de recursos, formando uma verdadeira associação criminosa estruturada para a prática reiterada de delitos.
Durante o cumprimento das ordens judiciais, duas pessoas foram presas e foi executado mandado de busca e apreensão domiciliar, resultando na apreensão de uma caminhonete e um jet ski — bens de alto valor utilizados como instrumentos para atrair apostadores e dar aparência de legitimidade à prática ilícita.
Na chácara do investigado, foi apreendida uma arma de fogo, localizada logo após ele afirmar espontaneamente possuir tal objeto no local. Diante da constatação, o armamento foi apreendido e o investigado autuado em flagrante delito pela posse irregular.
Os investigados responderão por crimes contra a economia popular, crimes contra as relações de consumo, associação criminosa, lavagem de dinheiro, crimes tributários, além da contravenção penal equiparada ao jogo do bicho, que depende exclusivamente da sorte, e posse irregular de arma de fogo, entre outros delitos identificados ao longo da apuração.
A Operação “Cota Marcada” representa um avanço significativo no combate à fraude, à lavagem de capitais e à exploração ilícita de jogos de azar na região.
A Polícia Civil de Goiás segue atuando com firmeza na repressão qualificada ao crime organizado, assegurando que todos os envolvidos sejam responsabilizados na forma da lei, reafirmando seu compromisso com a segurança da população e com a efetividade da justiça criminal.
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