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CIDH Exige da Venezuela Garantias para a Segurança de Opositora Detida

CIDH Exige da Venezuela Garantias para a Segurança de Opositora Detida

A CIDH, após avaliar o caso, reconheceu a gravidade da situação e a necessidade de ação

Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), fez um apelo urgente à Venezuela para que forneça informações sobre o estado de María Oropeza, uma crítica do governo de Nicolás Maduro que capturou sua própria detenção em vídeo. A solicitação, emitida no último sábado, vem em resposta a um pedido do grupo Ladies of Liberty Alliance (Lola), ao qual Oropeza é afiliada, que busca medidas cautelares para assegurar a segurança da advogada.

O Lola, uma organização de mulheres de direita, apelou à CIDH, um órgão da Organização dos Estados Americanos (OEA), para intervir diante da grave situação de Oropeza, cujo paradeiro tem sido desconhecido desde sua prisão na terça-feira anterior. A CIDH, após avaliar o caso, reconheceu a gravidade da situação e a necessidade de ação para prevenir danos irreparáveis à vida e integridade de Oropeza.

A comissão destacou a responsabilidade do Estado venezuelano em manter registros atualizados de detenções, fornecer informações sobre o estado e localização dos detidos, e assegurar a apresentação dos mesmos perante a autoridade judicial competente, respeitando as garantias judiciais. A CIDH solicitou ao governo venezuelano que adote medidas para proteger a vida e integridade de Oropeza, informe sobre sua custódia e esclareça as circunstâncias de sua detenção.

Apesar da gravidade das acusações e da solicitação da CIDH, o governo venezuelano não respondeu aos pedidos de esclarecimento, mantendo um silêncio que já havia sido observado em situações anteriores, como no caso do ativista de direitos humanos Joel Antonio García Hernández.

 CIDH Exige da Venezuela Garantias para a Segurança de Opositora Detida

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Informações não oficiais sugerem que Oropeza possa estar detida no Helicoide, uma prisão em Caracas conhecida por abrigar presos políticos. Oropeza, que é chefe regional da campanha da oposição, ganhou atenção internacional após a divulgação de um vídeo em que é vista sendo detida por agentes da Direção de Contrainteligência Militar (DGCIM), sem mandado de prisão, segundo relatos da oposição.

Este incidente ocorre em um contexto de tensão crescente na Venezuela, com relatos da ONG Foro Penal indicando que 1.305 pessoas foram detidas desde o dia seguinte à reeleição contestada de Maduro, um número que o próprio governo eleva para mais de 2.200. A CIDH, ao considerar o pedido do Lola, que incluiu um vídeo da mãe de Oropeza buscando informações sobre sua filha, reitera a urgência de transparência e ação por parte do governo venezuelano.

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