Em discurso de despedida Biden fala sobre Oligarquias como Ameaças Nacionais
Em um discurso carregado de emoção e urgência, o presidente Joe Biden se dirigiu à nação de dentro dos suntuosos muros da Casa Branca, onde discutiu os desafios e perigos iminentes que, segundo ele, ameaçam a integridade da democracia americana. Em um período crítico da política dos Estados Unidos, ele destacou a formação de uma “oligarquia não eleita” composta por alguns dos indivíduos mais ricos e poderosos do país.
Destacando a Concentração de Poder
Durante seus 20 minutos no púlpito, Biden não precisou mencionar explicitamente o nome de Donald Trump para transmitir sua preocupação com a crescente influência que uma elite bilionária, incluindo ícones como Elon Musk, está exercendo sobre a democracia do país. “Estamos presenciando a formação de uma oligarquia”, afirmou Biden, frisando o risco que esse cenário apresenta a chance justa para todos progredirem, que ele acredita ser um dos pilares fundamentais da identidade americana.
O Llamado para Reformas Constitucionais
O presidente destacou a necessidade urgente de emendar a Constituição para garantir que nenhum presidente goze de imunidade por crimes cometidos no exercício do cargo. A chamada se alinha com preocupações recentes decorrentes da ampla interpretação da Suprema Corte sobre tal imunidade, especialmente em casos de ex-presidentes. Este argumento encontra suas raízes nas polêmicas acumuladas ao redor de Trump e a suposta tentativa de subverter os resultados das eleições de 2020.
Desinformação: Um Desafio Moderno
Biden também voltou sua atenção aos efeitos perniciosos do que chamou de “complexo tecnológico-industrial,” tocando na ferida da inundação de desinformações propagadas pelas redes sociais. “Estamos sufocando sob uma montanha de falsidades,” ele advertiu, instando aspectos da editora de plataformas de mídia social para proteger a verdade e salvaguardar a democracia, especialmente depois do controverso encerramento do programa de verificação de fatos pela Meta, a gigante por trás do Facebook e Instagram.
Marcos Diplomáticos e Iniciativas Nacionais
Em contraste com suas advertências, Biden mencionou os avanços recentes sob sua administração, incluindo o destacável acordo de cessar-fogo entre Hamas e Israel, um marco diplomático que sua gestão reivindica ter facilitado. Além disso, refletiu sobre os impactos a longo prazo das políticas internas, como aquelas visam mitigar a violência armada.
Em Busca da América do Sonho
Com um tom paternal e quase melancólico, Biden encerrou seu discurso com uma visão entusiasmada e esperançosa quanto ao futuro. “A América dos nossos sonhos está ao nosso alcance,” ele declarava com convicção, acendendo o comprometimento e a inquebrantável crença na resiliência do povo americano à medida que a nação se aproxima de um arco similando desafios históricos.
Um Agradecimento Memorável e Um Chamado à Ação
No crepúsculo de sua presidência, Biden homenageou aqueles que permaneceram ao seu lado, expressando afeto particular por Kamala Harris, sua vice-presidente, a quem ele se referiu como família. “Acredito no caráter profundo do povo americano e agora é a sua vez de manter a guarda pela democracia. Amo esse país, assim como vocês. Deus abençoe nossas tropas e a América.”
A preocupação de Joe Biden com uma “oligarquia não eleita” emergente reflete temores sobre a concentração crescente de riqueza e poder nas mãos de um pequeno número de indivíduos extremamente ricos e influentes. Esse cenário pode apresentar várias ameaças à democracia e à sociedade americana, incluindo:
Influência Desproporcional: Indivíduos com vastos recursos financeiros, como bilionários, podem exercer influência desproporcional nas eleições, políticas públicas e legislação através de contribuições políticas, lobby e controle de grandes corporações de mídia e tecnologia.
Desigualdade Social e Econômica: A acumulação excessiva de riqueza por parte de poucos pode intensificar as desigualdades sociais e econômicas, criando divisões mais profundas na sociedade e limitando as oportunidades para a classe média e os pobres.
Erosão dos Direitos Democráticos: Se o poder se concentra entre poucos, há risco de que os direitos democráticos básicos, como eleições livres e justas e liberdade de expressão, possam ser minados, levando a um governo menos representativo das necessidades e desejos do povo em geral.
Desinformação e Controle da Mídia: O domínio das plataformas de mídia social e outras formas de comunicação por algumas dessas figuras ricas pode espalhar desinformação, dificultando o discurso público e a tomada de decisões bem-informadas pela população.
Risco de Impunidade: Biden alertou para a necessidade de emendar a Constituição para garantir que nenhum presidente esteja imune a crimes cometidos enquanto estiver no cargo. A preocupação é que figuras de poder político e financeiro possam escapar da responsabilidade devido à sua posição e influência.
O discurso de Biden sublinha a importância da vigilância democrática e da implementação de políticas que assegurem a equidade e a justiça dentro do sistema político americano, que de uma forma ou de outra, influencia boa parte do Ocidente.