Defesa aponta flagrante ilegal e audiência de custódia fora do prazo legal
A defesa do psicólogo Arthur Vinícius Silva de Lima, de 32 anos, apresentou um pedido de relaxamento imediato da prisão, que foi convertida para preventiva na manhã desta quarta-feira, 30. O homem foi preso na segunda-feira, 28, em Catalão, suspeito de arquitetar e executar a morte do cantor Bruno Gama Duarte, no Bosque dos Buritis, em Goiânia.
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A alegação é de que houve flagrante ilegal e que o investigado “não representa risco à ordem pública”. A vítima, de 36 anos, foi morta a facadas em frente ao Monumento da Paz, após uma discussão registrada no último fim de semana.
A defesa do psicólogo afirmou que a prisão ocorreu cerca de 48 horas após o crime, sem perseguição contínua ou mandado judicial válido no momento da captura. O documento afirma que o mandado de prisão temporária só foi expedido 51 minutos depois da detenção, o que, segundo a defesa, torna o ato nulo.
Encontro
Segundo a defesa, não houve premeditação no crime: “Foi um encontro fortuito, uma agressão iniciada por terceiro e reação imediata, matéria a ser depurada na instrução, sem gravidade abstrata a autorizar uma medida tão extrema”, diz a defesa.
Ela também nega que a ex-mulher de Arthur tenha oferecido provas contra o suspeito, pois atualmente ela está morando no Maranhão e estaria, inclusive, em contato com os sogros. A tese da Polícia Civil, porém, é de que o investigado tenha forjado uma conta falsa com dados da ex para atrair a vítima para o bosque.
A defesa também aponta que a audiência de custódia, que por lei deve ocorrer em até 24 horas, foi realizada fora do prazo, o que reforçaria a necessidade de relaxamento da prisão.
Homicídio
Arthur teria afirmado à Polícia Militar que não aceitava o fim do relacionamento e nem que a ex-companheira estivesse se relacionando com Bruno. Por esse motivo, decidiu se passar por ela e convencer a vítima a encontrá-lo. Testemunhas relataram que, antes do ataque, os dois discutiram em voz alta do lado de fora do parque.
Logo depois, o cantor foi visto correndo para dentro do Bosque, onde caiu ferido e morreu pouco tempo depois. O autor fugiu em um carro preto. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas, quando a equipe chegou, Bruno já estava sem vida.