O ataque ocorreu quando integrantes do JNIM atacaram trabalhadores que estavam engajados na construção de trincheiras
Em um dos mais trágicos eventos recentes em Burkina Faso, um vilarejo foi palco de um brutal ataque perpetrado pelo Jama’at Nusrat al-Islam wal-Muslimin (JNIM), filial da Al-Qaeda no continente africano, resultando na morte de, no mínimo, 200 indivíduos. Este ataque, além de causar um elevado número de fatalidades, deixou cerca de 140 pessoas feridas, conforme reportado pela emissora Al Jazeera.
O ataque ocorreu quando integrantes do JNIM atacaram trabalhadores que estavam engajados na construção de trincheiras ao redor do vilarejo, um ato seguido pelo roubo de armamentos e uma ambulância. Imagens perturbadoras compartilhadas nas redes sociais exibem os corpos dos moradores caídos nas próprias trincheiras que escavavam, transformadas agora em massivas sepulturas.
Em resposta ao ataque, Mahamadou Sana, o ministro da defesa de Burkina Faso, expressou em uma declaração oficial a inaceitabilidade dessa violência extrema. “Tais atos de barbárie não serão tolerados”, afirmou ele, anunciando a solicitação de suporte aéreo e terrestre para enfrentar a ameaça. Foi confirmado que entre as vítimas há tanto militares quanto civis.
O local do ataque, o vilarejo de Barsalogho, situa-se a apenas 40 quilômetros de Kaya, uma cidade de significativa importância estratégica, sendo o último ponto de defesa antes da capital, Ouagadougou.
Este incidente é um dos muitos que têm marcado o conflito em curso em Burkina Faso, que opõe a junta militar governante a facções rebeldes islâmicas, incluindo grupos afiliados à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico. Desde o início da guerra em 2015, a violência escalou, envolvendo intervenções de nações estrangeiras como França e Rússia, além de outros grupos jihadistas menores no continente africano. De acordo com dados da ONU, o conflito já forçou mais de 2 milhões de pessoas a deixarem suas casas em busca de segurança, enquanto mais de 10 mil vidas foram perdidas apenas no último ano.
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