Especialistas em saúde global e a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiram um alerta sobre a possibilidade de aumento nos casos de Mpox ao redor do mundo, especialmente na Europa, após a confirmação de um caso na Suécia. Este evento sinaliza a potencial expansão da doença fora do continente africano, onde variantes do vírus já são conhecidas.

A OMS, através de seu escritório na Europa, antecipa a ocorrência de mais casos importados na região nas próximas semanas, marcando o primeiro registro de uma nova variante do vírus fora da África. O diagnóstico na Suécia, especificamente em Estocolmo, foi de Mpox causada pelo subtipo clado 1, indicando a diversidade genética do vírus com dois clados principais identificados globalmente.

O surto de 2022, atribuído ao clado 2, uma forma mais leve do vírus, foi contido com a vacinação de grupos de risco. Contudo, a atual disseminação do clado 1b suscita preocupações quanto à capacidade de propagação global do vírus, embora especialistas, como Alexandre Naime Barbosa da Sociedade Brasileira de Imunologia, e Isabella Ballalai da Sociedade Brasileira de Imunizações, acreditem que a situação não alcançará a gravidade ou letalidade da Covid-19, graças ao alerta global precoce que permitiu preparações antecipadas.

Disseminação Global da Mpox é Inevitável, Alertam Especialistas

Recentemente, a OMS classificou a Mpox como uma emergência de saúde pública de interesse internacional, enfatizando a importância de ações preventivas e vigilância dos sintomas pelos países. No Brasil, o Ministério da Saúde adotou medidas de precaução, incluindo a aquisição de vacinas e a criação de um centro de operações de emergência, embora uma campanha de vacinação em massa não seja prevista, seguindo a orientação da OMS.

Especialistas ressaltam a importância de concentrar esforços no controle da doença na África para evitar sua propagação global. Apesar de um surto global ter sido registrado em 2022, a suspensão do alerta pela OMS resultou no ressurgimento de casos, especialmente na República Democrática do Congo.

A transmissão da Mpox na África é influenciada por fatores culturais e ambientais, como o contato próximo com animais. Embora uma disseminação global seja esperada, as características e mutações do vírus variarão de acordo com cada região, exigindo vigilância e monitoramento adaptados às condições locais, especialmente em países com casos recentes ou sintomas da doença.