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Enchente no Guaíba: Porto Alegre enfrenta crise com nível recorde de 5,20 metros

Enchente no Guaíba: Porto Alegre enfrenta crise com nível recorde de 5,20 metros

Ruas alagadas, população desabrigada e previsão de elevação preocupam autoridades em meio ao frio.

Na manhã desta terça-feira (14), o nível do Guaíba atingiu uma marca preocupante de 5,20 metros, trazendo consequências severas para Porto Alegre. O bairro Lami, na Região Sul, é uma das áreas mais afetadas, forçando os moradores a deixarem suas casas, enfrentando água gelada já na altura da canela. Com mais de 14 mil pessoas em abrigos na capital, a situação torna-se ainda mais grave em meio ao período mais frio do ano, com os termômetros marcando 11ºC entre a madrugada e a manhã desta terça.

O aumento do nível do Guaíba é uma tendência preocupante. No dia anterior, o lago já havia superado os 4,76 metros da histórica enchente de 1941, atingindo mais de 5 metros durante a tarde, conforme relatórios da Agência Nacional de Águas (ANA). O Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) alerta que o nível máximo do Guaíba pode chegar a cerca de 5,50 metros nesta terça-feira.

Diante desse cenário, a Prefeitura de Porto Alegre tomou medidas emergenciais, construindo barricadas improvisadas em áreas estratégicas, como em frente à Usina do Gasômetro, na região central da cidade. Estas barreiras, com 1,80 metro de altura, foram montadas com sacos de areia e visam conter o avanço das águas do lago, localizadas na Avenida Presidente João Goulart e na Rua General Salustiano.

A situação se agrava com a previsão de elevação rápida dos rios Caí e Taquari, devido ao volume de chuva que assolou o Rio Grande do Sul nos últimos dias. Esses aumentos no nível dos rios resultarão em uma inundação ainda maior no Jacuí e no Guaíba. Na segunda-feira, os rios Caí e Taquari já estavam acima de suas cotas de inundação em várias cidades.

A tragédia que se abate sobre o estado desde o final de abril já causou a perda de 148 vidas, com 124 pessoas ainda desaparecidas e 806 feridas. O número de desabrigados chega a 76,8 mil, enquanto 538,5 mil estão desalojados, buscando refúgio na casa de amigos e parentes.

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