Mais de 20 famílias relataram ter sido atendidas por ele; Justiça descobriu fraude após “morto” atualizar cadastro em cartório.
Um homem acusado de exercer ilegalmente a medicina foi denunciado e virou réu pela morte de uma paciente em Goiás. Segundo o Ministério Público, além de atuar como médico sem ter formação na área, ele ainda tentou enganar as autoridades ao forjar a própria morte para escapar da responsabilização criminal.
O caso começou a ser investigado após a morte de uma mulher durante um procedimento realizado pelo falso profissional em uma clínica clandestina. De acordo com a denúncia, o suposto médico não tinha registro no Conselho Regional de Medicina e usava documentos falsos para se apresentar como especialista.
Após o início das investigações, o acusado desapareceu e chegou a apresentar uma certidão de óbito falsa às autoridades. No entanto, a Polícia Civil identificou inconsistências no documento e descobriu que ele estava vivo, escondido em outro estado.
A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público e ele agora responde por homicídio doloso, exercício ilegal da medicina, uso de documento falso e falsidade ideológica. Se condenado, pode pegar mais de 30 anos de prisão.
O caso gerou revolta nas redes sociais e reacendeu o debate sobre a fiscalização de clínicas clandestinas e a importância da verificação de registros profissionais antes de se submeter a procedimentos médicos.