Estratégia para Aumentar a Popularidade deixa 32% dos Trabalhadores longe das “Garras do Leão”
Em manobra estratégica para reverter a queda de popularidade, e promover uma “justiça fiscal” há muito aguardada, o governo anunciará amanhã a proposta de ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda. Segundo o Ministro Haddad, a medida, que estenderá o benefício para quem recebe até R$ 5 mil mensais, deverá ter um impacto de R$ 27 bilhões por ano nos cofres públicos.
Recálculo Fiscal Reduz Impacto Orçamentário
Inicialmente, a expectativa da equipe econômica era que a correção orçamentária alcançasse o patamar de R$ 32 bilhões anuais. No entanto, após um recálculo criterioso – considerando os efeitos de comparação – o impacto financeiro foi revisado para um valor menor. Esse ajuste decorre da previsão de que, ainda este ano, o governo promoverá a elevação da isenção do Imposto de Renda, passando dos atuais R$ 2.824 para R$ 3.036, o que corresponde a dois salários mínimos e reduzirá o número de contribuintes obrigados a pagar o tributo.
Ajustes Técnicos e a Corrida Eleitoral
Em declarações oficiais, o Ministro Haddad explicou:
Foi um recálculo, porque este ano haverá uma pequena correção depois do Orçamento, por conta do aumento do salário mínimo.
Paralelamente à reformulação do impacto financeiro, o governo já se prepara para as reuniões desta terça-feira com importantes lideranças do Legislativo. Entre os encontros, destaca-se a reunião com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (PP-PB), evidenciando a prioridade dada à aprovação dessa medida. A iniciativa, além de ser uma mudança técnica, representa um passo significativo na campanha eleitoral 2026, cumprindo uma promessa do presidente Lula na disputa pelo atual mandato.
A expectativa é que o Congresso aprove a medida a tempo de implantá-la ainda em 2026, ano de eleições, influenciando positivamente a percepção pública através de políticas sociais. No fechamento de 2024, o governo já planejava compensar a perda de receita – que afetaria principalmente os contribuintes que recebem acima de R$ 50 mil mensais – como parte de uma estratégia para reduzir desigualdades no país.
Uma “Paulada” nas contas do Governo e um Alívio para a Classe Média
A proposta evidencia um dos objetivos centrais da atual gestão: equilibrar a necessidade de investimentos em políticas públicas com a busca por justiça social. Estima-se que cerca de 32% dos trabalhadores brasileiros deixarão de ser tributados, ou seja praticamente 1 em cada 3 ficará livre da “Mordida do Leão” a aprtir das novas regras. O que resta saber é como equilibrar a máquina pública em cada vez menos sustentabilidade fiscal sem comprometer importantes investimentos sociais.