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Governador do Rio de Janeiro “Abre Fogo” por Ficar de Fora do G20

Governador do Rio de Janeiro “Abre Fogo” por Ficar de Fora do G20

Cláudio Castro diz que governo Lula rompeu com ele ao não convidá-lo para o G20

O governador do Rio de Janeiro Cláudio Castro “chorou as mágoas” em entrevista ao site Metrópoles, denunciando o que chamou de “indelicadeza” e “rompimento institucional” por parte do governo federal. Segundo Castro, o pedido de auxílio financeiro de R$ 40 milhões para o G20 Social, somado à solicitação de apoio na área de segurança pública, contrasta fortemente com a decisão de não convidar o governador para participar do evento que ocorrerá em novembro de 2024, na capital fluminense.

Em sua entrevista, Cláudio Castro não poupou críticas ao presidente Lula (PT) e, especialmente, ao ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Segundo o governador, o episódio demonstra uma clara falha no encaminhamento das relações institucionais, salientando que “o G20 é um espaço institucional que deveria integrar todos os parceiros estratégicos, sobretudo o estado que está oferecendo suporte e contribuindo com assistências para a realização do encontro.”

A fala de Castro, que pontuou o não convite como uma “falta de educação” por parte do governo federal, evidencia o atrito entre as lideranças estaduais e a administração central. “Quem cometeu uma indelicadeza impar, até um rompimento institucional, foi o governo federal que, mesmo pedindo ajuda para a realização do evento, não incluiu o estado do Rio de Janeiro nesse espaço privilegiado”, afirmou.

Críticas ao ministro das Relações Exteriores

Além da crítica ao presidente, o governador do Rio não poupou o ministro Mauro Vieira, a quem classificou como “fraquíssimo”. Castro questionou a capacidade do ministro de representar o governo federal em um momento em que a articulação entre esferas de governo se faz ainda mais necessária, especialmente em eventos internacionais de grande relevância como o G20.

“O canal de diálogo entre os entes federativos é fundamental para o sucesso de iniciativas como o G20. A postura adotada pelo governo central, que desconsidera a importância do papel do estado do Rio de Janeiro, compromete não só a imagem institucional mas também a cooperação em áreas críticas como a segurança pública”, destacou Castro.

Disposição ao diálogo e a busca por uma relação mais harmoniosa

Mesmo diante de um cenário que tende ao confronto, o governador insistiu em sua abertura ao diálogo. “O papel da oposição deve ser exercido pelo Congresso. Prefeito não deve fazer oposição a governador, e governador não deve fazer oposição a presidente. Estamos abertos ao que o governo federal quiser levar para o estado, afinal, a cooperação é indispensável para enfrentarmos os desafios comuns”, declarou Castro.

Este posicionamento ganha ainda mais relevo considerando episódios recentes da política nacional, como a queixa do próprio presidente Lula, em fevereiro, sobre a ausência do governador na cerimônia de entrega de nova emergência do Hospital Federal de Bonsucesso. Na ocasião, Lula frisou a importância da colaboração entre os eleitos pelo povo, independentemente das divergências partidárias. A inauguração do hospital foi o primeiro compromisso oficial de Lula depois da cirurgia no cérebro e o presidente ficou visivelmente desapontado com a ausência de Castro. A vida na política é assim, nem sempre estamos aonde queremos mas sempre é preciso estar aonde não se quer.

 

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