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Homem que recebeu rim de porco geneticamente modificado morre nos EUA

Homem que recebeu rim de porco geneticamente modificado morre nos EUA

Richard Slayman, 62 anos, que passou por transplante pioneiro, falece quase dois meses após o procedimento.

Nos Estados Unidos, o primeiro paciente a receber um rim de porco geneticamente modificado morreu neste sábado (11), quase dois meses após a cirurgia. O Hospital Geral de Massachusetts e a família de Richard Slayman, de 62 anos, confirmaram o falecimento.

Richard Slayman, que recebeu o transplante em 16 de março, expressou sua esperança e felicidade ao receber o órgão, marcando um avanço na medicina. Os médicos estimavam que o rim de porco poderia durar pelo menos dois anos.

Em nota, a equipe médica lamentou a perda de Slayman e afirmou que não havia indicações de que o transplante tenha contribuído para sua morte. Ao receber o rim, Richard expressou sua gratidão e emoção, descrevendo o momento como um dos mais felizes de sua vida.

O procedimento representou um marco na medicina, com Slayman sendo o primeiro ser humano a passar pelo transplante de rim de porco. Anteriormente, apenas rins de porco haviam sido temporariamente transplantados para doadores em morte cerebral. 

A família de Slayman agradeceu aos médicos por seus esforços, destacando que a oportunidade proporcionou mais sete semanas com Rick e que as memórias desse tempo serão inestimáveis.

Richard Slayman, que enfrentava doença renal avançada, diabetes tipo 2 e hipertensão, viveu com diálise por sete anos antes do transplante. Sua decisão de passar pelo procedimento visava oferecer esperança para os milhares de pessoas que aguardam por um transplante de órgãos para sobreviver.

O xenotransplante, que envolve a utilização de órgãos de animais em seres humanos, foi tema de pesquisa por décadas devido à semelhança entre os órgãos de suínos e humanos. O procedimento realizado em Slayman foi resultado de uma parceria entre o Hospital Geral de Massachusetts e a empresa eGenesis, após anos de estudo e desenvolvimento.

Os desafios do xenotransplante envolveram principalmente a resposta imunológica do corpo humano, que poderia rejeitar o órgão estranho. Por meio de modificações genéticas no porco doador, foram eliminados genes que poderiam provocar reações adversas no organismo humano, tornando o procedimento viável.

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