Nesta terça-feira (30), o Ibovespa teve um dia de perdas devido ao recuo de empresas ligadas ao setor de commodities e bancos, segmentos de grande peso no mercado brasileiro.

Um dos pontos destacados foi a deflação registrada pelo Índice Geral de Preços — Mercado (IGP-M), que caiu 1,84% em maio, após uma queda de 0,95% no mês anterior. No acumulado do ano, o índice apresenta uma retração de 2,58%, e nos últimos 12 meses, a queda é de 4,47%, conforme divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta manhã.

No cenário internacional, as atenções estão voltadas para as negociações entre democratas e republicanos nos Estados Unidos, especialmente sobre o projeto para elevar o teto da dívida, que será crucialmente testado na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (31).

Diante dessas pressões, o principal índice da bolsa brasileira encerrou o dia com uma baixa de 1,24%, finalizando aos 108.967 pontos. Até a última sexta-feira, o Ibovespa havia registrado ganhos em 13 dos últimos 17 pregões, acumulando um aumento de quase 9% no período. No mês, ainda mantém uma valorização de 4,5%.

Por outro lado, o dólar teve um aumento, se afastando da marca de R$ 5. A moeda norte-americana fechou o dia com uma alta de 0,61%, sendo negociada a R$ 5,0423 na venda. Esse é o maior valor desde 26 de abril, quando o câmbio fechou em R$ 5,043.

O movimento do dólar foi influenciado pela expectativa de um possível corte nas taxas de juros no Brasil, após indicadores apontarem para uma desaceleração nos preços. Já nos Estados Unidos, há a percepção de que o Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) manterá os juros em níveis elevados por um período mais longo, devido à inflação.

Com a redução das taxas no mercado brasileiro, investidores optaram por direcionar seus recursos para outras bolsas internacionais.