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Indústria da carne em Goiás deve suspender exportações para os EUA

Indústria da carne em Goiás deve suspender exportações para os EUA

Frigoríficos goianos seguem tendência nacional e devem parar embarques para os Estados Unidos após nova tarifa sobre carne brasileira

A indústria da carne em Goiás deve suspender, nos próximos dias, a produção voltada ao mercado dos Estados Unidos. A decisão acompanha o que já vem acontecendo em outros estados, de acordo com Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados (Sindicarne-GO).

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O motivo é a nova taxação anunciada pelo governo americano sobre a carne brasileira, que deve começar a valer já no dia 1º de agosto. E o impacto preocupa: os Estados Unidos são hoje o segundo maior comprador da carne produzida em Goiás, atrás apenas da China.

De janeiro a julho deste ano, Goiás exportou mais de 200 mil toneladas de carne para os Estados Unidos, segundo estimativa do Sindicarne. Cerca de 25% de tudo que é embarcado vai direto para o mercado norte-americano. 

Mas com a nova taxa de 50% imposta pelos EUA sobre produtos agropecuários brasileiros, alguns frigoríficos goianos já começaram a suspender as exportações para lá. O impacto, segundo o governo estadual, pode ser sentido em várias frentes.

A Seapa (Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento) informou em nota, que o governo de Goiás tem atuado para ampliar os laços comerciais com outros países, como é o caso da missão que está em andamento no Japão. A ideia é diversificar os mercados e evitar que decisões unilaterais, como a anunciada pelo presidente Donald Trump, prejudiquem tanto a economia local.

Além da carne, outro setor que pode ser afetado pela medida é o de grãos. Como boa parte da produção goiana vai para ração animal, a cadeia toda pode acabar sentindo o efeito da taxação.

Pedro Moura
ADMINISTRATOR
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