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Inflação acelera em abril, puxada por aumento nos preços de medicamentos e alimentos

Inflação acelera em abril, puxada por aumento nos preços de medicamentos e alimentos

IPCA sobe 0,38% no mês, refletindo alta sazonal em produtos farmacêuticos e itens alimentícios.

Os dados divulgados nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, registrou um aumento de 0,38% em abril. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelos setores de produtos farmacêuticos e alimentos.

De acordo com o levantamento, o grupo de Saúde e Cuidados Pessoais foi o que apresentou a maior alta, alcançando 1,16%, seguido por Alimentação e Bebidas, com 0,70%. Esse aumento representa uma retomada na velocidade da inflação em comparação ao mês anterior, quando os preços subiram 0,16%. No entanto, é importante notar que esse é o menor percentual para abril desde 2021, quando o IPCA havia registrado alta de 0,61%.

O IPCA acumula uma variação de 3,69% nos últimos 12 meses, com uma alta de 1,80% no ano até o momento. Esses números superaram as expectativas do mercado financeiro, que estimava uma alta de 0,35% para o mês de abril.

Entre os grupos de produtos e serviços medidos pelo IPCA, sete apresentaram aumento de preços no mês passado. Os produtos farmacêuticos se destacaram, registrando uma alta de 2,84%, devido aos reajustes nos preços dos medicamentos, que entraram em vigor no final de março. Esse aumento foi responsável por um impacto significativo na inflação do grupo de Saúde e Cuidados Pessoais.

No segmento de Alimentação e Bebidas, os alimentos in natura tiveram as maiores altas de preços, com destaque para mamão, cebola, tomate e café moído. Além disso, a Alimentação fora do domicílio também registrou aumento, com o subitem lanche desacelerando em relação ao mês anterior, enquanto a refeição teve uma leve alta.

No grupo de Transportes, os preços dos combustíveis foram os principais responsáveis pelo aumento, com destaque para a gasolina, que teve um impacto significativo no IPCA de abril. Por outro lado, os preços das passagens aéreas registraram uma queda expressiva, contribuindo para amenizar o aumento geral do grupo.

Apesar da aceleração da inflação, especialistas destacam que o cenário não é necessariamente negativo, pois as médias dos núcleos da inflação, que desconsideram os efeitos sazonais sobre os preços, continuaram recuando na comparação anual. 

No entanto, é importante monitorar os possíveis impactos das recentes chuvas no Rio Grande do Sul sobre os preços dos alimentos. Além do IPCA, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que é utilizado como referência para os reajustes do salário mínimo, também registrou uma alta de 0,38% em abril, acumulando uma variação de 1,95% no ano e de 3,23% nos últimos 12 meses.

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