Em um recente episódio de violência na região de Gaza, um bombardeio israelense resultou na morte de várias pessoas em uma instituição educacional que servia de refúgio para indivíduos deslocados, conforme reportado por representantes do setor de saúde de Gaza, sob administração do Hamas, neste último sábado. O ataque, segundo o exército de Israel, visava um posto avançado do Hamas que se localizava dentro das instalações escolares.

O incidente ocorreu na localidade de Deir Al-Balah, em Gaza, onde, de acordo com relatos, civis, incluindo mulheres e crianças, foram vitimizados. O exército israelense comunicou que o alvo era uma estrutura do Hamas que funcionava dentro do complexo escolar Khadija, utilizada tanto para ataques contra as forças israelenses quanto como depósito de armamentos. Avisos prévios teriam sido emitidos aos civis na área.

Fotografias divulgadas pela agência Reuters capturam o retorno de moradores ao local devastado, em busca de seus pertences pessoais, mostrando a extensão dos danos, com edificações parcialmente destruídas e veículos danificados.

Ataque em Gaza atinge instituição educacional e Israel solicita evacuação de áreas civis

Entre os afetados, Uma Hasan Ali, que havia buscado refúgio na escola após retornar do Egito, onde procurava tratamento médico para sua filha, relatou que agora sua filha sofreu ferimentos devido ao bombardeio e necessitou de cuidados hospitalares novamente. Ibtihal Ahmed, por sua vez, compartilhou seu desespero ao ouvir as explosões, destacando a inocência das pessoas abrigadas na escola Khadija e a injustiça do ocorrido.

Israel tem, em outras ocasiões, atribuído ao Hamas a responsabilidade por colocar civis em risco, acusando o grupo de operar em áreas densamente povoadas e de utilizar estruturas civis como escudos. O Hamas, por sua vez, refuta tais alegações.

Informações adicionais indicam que, no mesmo dia, outros civis perderam a vida em ataques na região sul de Gaza, em Khan Yunis, com vítimas sendo encaminhadas ao hospital Nasser. O comando militar de Israel emitiu um aviso para que moradores de áreas próximas a Khan Yunis evacuassem, visando operações militares na região, e reduziu a área considerada segura para os civis, o que levou a críticas de organizações internacionais sobre o uso de força desproporcional e a falta de garantia de segurança para os civis.

Além disso, ataques em outras localidades, como o campo de refugiados de Al-Bureij e a cidade de Rafah, resultaram em mais vítimas fatais. Ações militares israelenses em Khan Yunis também foram relatadas, incluindo a recuperação de corpos e confrontos com militantes, marcando uma escalada no conflito que afeta profundamente a população civil da região.