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J. Cunha Revoluciona a Arte com Cores do Sertão e Ritmos do Carnaval

J. Cunha Revoluciona a Arte com Cores do Sertão e Ritmos do Carnaval

Pela primeira vez, o artista apresenta sua exposição solo “Corpo Tropical” na Estação Pinacoteca

Na vibrante cena artística paulistana, um nome baiano se destaca: J. Cunha. Pela primeira vez, o artista apresenta sua exposição solo “Corpo Tropical” na Estação Pinacoteca, trazendo uma explosão de cores e significados que transcendem as fronteiras regionais.

A Fusão Única de J. Cunha

J. Cunha não é apenas um artista; é um contador de histórias visuais. Sua arte é uma mistura ousada de:

Esta combinação resulta em obras que são tanto visualmente impactantes quanto profundamente significativas.

O Sertão como Musa

Uma das obras mais emblemáticas da exposição é “Apocalipse do Radinho de Pilha”. Nela, Cunha retrata:

ELEMENTOSIGNIFICADO
Boi magérrimoSímbolo da fome e resistência sertaneja
Pessoas com criançasRepresentação da família e comunidade
NoivaEsperança e novos começos
Mobiliário típicoConexão com as raízes culturais

Esta obra exemplifica como Cunha transforma as epopeias sertanejas em arte contemporânea, mesclando o tradicional com o moderno.

Da Mecânica à Arte

A jornada de J. Cunha é tão fascinante quanto sua arte:

  1. Nascido em Salvador, com raízes sertanejas
  2. Formação inicial como torneiro mecânico
  3. Estudos na Universidade Federal da Bahia
  4. Fundação do grupo de artistas Etzedrom
  5. Trabalhos no Teatro Castro Alves
  6. Colaboração com o bloco de Carnaval Ilê Aiyê

Cada etapa dessa trajetória contribuiu para moldar o estilo único do artista.

Inovação Técnica e Conceitual

Cunha não se limita a técnicas tradicionais. Nos anos 90, ele surpreendeu ao usar:

Técnica inovadora:
- Pó de garrafa PET
- Misturado com tinta acrílica
- Resultado: textura áspera que evoca o clima sertanejo

Além da Tela: Arte em Movimento

A exposição “Corpo Tropical” não se limita a pinturas estáticas. Ela inclui:

  • Enormes peças em tecido usadas no Carnaval
  • Trajes e cenários de desfiles dos últimos 25 anos
  • Obras que ganham vida quando em movimento

Essas criações não só são arte visual, mas também ferramentas educativas sobre a cultura africana, preenchendo lacunas deixadas pelo sistema educacional brasileiro.

Um Artista Fiel às Suas Raízes

Enquanto muitos artistas migraram para São Paulo em busca de sucesso, J. Cunha escolheu um caminho diferente:

“Não vou virar artista migrante para sofrer. Vou ficar aqui no meu calor, arrastando minha sandália de couro aqui na Bahia mesmo.”

Esta decisão permitiu que Cunha mantivesse sua autenticidade e desenvolvesse um estilo verdadeiramente único.

Desafiando as Convenções

A exposição de J. Cunha na Estação Pinacoteca não é apenas uma mostra de arte, mas um desafio às instituições tradicionais. Segundo o curador Renato Menezes, a obra de Cunha “excede a lógica” dos museus convencionais, apresentando uma arte que é mais viva e dinâmica.

Serviço:

  • Exposição: J. CUNHA: CORPO TROPICAL
  • Local: Pina Estação – Largo General Osório, 66, São Paulo
  • Período: De quarta a segunda, das 10h às 18h, até 29/09
  • Entrada: Gratuita
  • Classificação: Livre

Não perca a oportunidade de mergulhar no universo colorido e provocativo de J. Cunha, onde o sertão encontra o carnaval e a tradição dança com a inovação.

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