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Julgamento do golpe no STF: após o interrogatório dos réus, saiba os próximos passos

Julgamento do golpe no STF: após o interrogatório dos réus, saiba os próximos passos

Com o fim dos interrogatórios, o processo entra agora em uma nova fase. As partes — tanto a Procuradoria-Geral da República (PGR) quanto as defesas — terão o prazo de cinco dias para apresentar pedidos de diligências complementares, como novos depoimentos, perícias ou produção de provas adicionais.

O Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu nesta semana os interrogatórios dos réus acusados de participação na tentativa de golpe de Estado após as eleições presidenciais de 2022. Entre os investigados ouvidos estão o ex-presidente Jair Bolsonaro, ex-ministros e militares de alta patente. A fase marca o encerramento da instrução processual, etapa em que são colhidas provas e depoimentos.

Com o fim dos interrogatórios, o processo entra agora em uma nova fase. As partes — tanto a Procuradoria-Geral da República (PGR) quanto as defesas — terão o prazo de cinco dias para apresentar pedidos de diligências complementares, como novos depoimentos, perícias ou produção de provas adicionais.

Em seguida, terá início o período das alegações finais, quando os envolvidos apresentam suas versões de forma definitiva. O primeiro a se manifestar será o delator do caso, tenente-coronel Mauro Cid. Depois, os demais réus apresentarão suas alegações por escrito, em prazos individuais de 15 dias.

Finalizada essa etapa, caberá ao relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, elaborar um relatório e emitir seu voto, que será posteriormente levado ao plenário do STF para julgamento.

A ação penal é uma das mais relevantes da história recente do tribunal, por envolver uma suposta articulação para subverter o resultado eleitoral e atentar contra a ordem democrática. Moraes já classificou os acontecimentos como “uma tentativa de golpe de Estado” e destacou o papel de cada investigado na organização e execução do plano.

Ainda não há data definida para o julgamento final, mas a expectativa é que ele ocorra ainda em 2025, encerrando um dos capítulos mais tensos da política brasileira desde a redemocratização.

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