A Justiça de Goiás manteve preso o motorista José Júnior Fernandes Mota, 46 anos, suspeito de causar o acidente que deixou oito mortos e um ferido na BR-153, em Campinorte, região Norte do estado. A decisão foi tomada durante audiência de custódia realizada no domingo (21), um dia após a tragédia. O juiz José de Bessa Carvalho Filho converteu a prisão em flagrante em preventiva, apontando risco de reiteração criminosa.

Segundo o magistrado, Mota não possui Carteira Nacional de Habilitação (CNH), fugiu do local do acidente, tentou ocultar provas ao substituir a lanterna dianteira da caminhonete Hilux que conduzia e é reincidente em crimes dolosos. Ele também responde a processos por homicídio qualificado e roubo majorado. “Evidencia-se o efetivo risco de reiteração criminosa”, destacou o juiz em sua decisão.

O acidente ocorreu na noite de sábado (20), quando a Hilux dirigida por Mota colidiu contra um VW Nivus ocupado por seis integrantes da mesma família. O impacto lançou o carro contra uma carreta que seguia na pista contrária. Antes de parar, a carreta ainda atingiu uma motocicleta com duas pessoas, que morreram no local.

De acordo com a Polícia Militar, o motorista da Hilux fugiu logo após a colisão, mas foi localizado algumas horas depois, escondido junto ao veículo. Ele apresentava sinais visíveis de embriaguez e o teste do etilômetro registrou 0,89 mg/L de álcool no sangue, valor muito acima do limite legal.

O acidente resultou em oito mortes, incluindo quatro crianças. Da mesma família, morreram o pai, José Mario da Silva Souto, 38 anos; a mãe, Dayane Pereira dos Santos, 32; e os filhos José Victor, 17, Emanuela, 14, José Arthur, 10, e Théo, de apenas 3 anos. A criança chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.

As outras duas vítimas foram identificadas como Wellington Vieira Bruno, 42, e Rosemaria Ferreira Mendonça, que estavam na motocicleta atingida pela carreta. O motorista do caminhão sofreu ferimentos e foi encaminhado ao Hospital Municipal de Campinorte.

Mota foi preso por equipes do 18º Batalhão da Polícia Militar e segue à disposição da Justiça. Até o momento, a defesa não foi localizada para comentar o caso. O espaço segue aberto para manifestações.

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