Na madrugada desta terça-feira, Israel lançou uma série de ataques aéreos massivos contra a Faixa de Gaza, marcando uma dramática escalada no conflito que já dura meses. Estes bombardeios, descritos pelas Forças de Defesa de Israel como “ataques extensivos”, são os mais intensos desde o início da trégua em meados de janeiro.

Número de Vítimas Dispara

Segundo Mahmud Basal, porta-voz da Defesa Civil de Gaza, o saldo inicial desta nova onda de violência é devastador:

Mais de 330 mostos, a maioria menores de idade, mulheres e idosos, são o resultado imediato desta agressão.

Basal detalhou que mais de 82 mortes ocorreram na cidade de Khan Younis, no sul do território, com as demais vítimas distribuídas entre Nuseirat (Centro), Cidade de Gaza e o norte da região.

Alvos Estratégicos e Civis Afetados

Os ataques atingiram múltiplos alvos em toda a Faixa de Gaza, incluindo:

• Khan Younis
• Cidade de Gaza
• Rafah
• Deir al-Balah

O Exército israelense afirmou, em comunicado via Telegram, que os ataques visavam “alvos terroristas pertencentes à organização terrorista Hamas”.

Impasse nas Negociações

Esta retomada das hostilidades ocorre em um momento crítico das negociações de paz. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Israel Katz, justificaram a ação militar alegando que o Hamas se recusou a libertar reféns e rejeitou as propostas do enviado americano, Steve Witkoff

O Hamas, por sua vez, acusa Israel de encerrar unilateralmente o cessar-fogo e descreve os ataques como uma “guerra de extermínio contra civis”.

A Casa Branca, através da secretária de imprensa Karoline Leavitt, confirmou que o governo Trump foi consultado antes dos ataques. Leavitt declarou:

Como o presidente Trump deixou claro, o Hamas, os Houthis, o Irã, todos aqueles que buscam aterrorizar não apenas Israel, mas os EUA, terão um preço a pagar, e o inferno vai explodir

Analistas como Mouin Rabbani, do Conselho do Oriente Médio para Assuntos Globais, questionam se estes ataques representam “um único ataque ou o início de uma campanha maior”.

Com o cancelamento das aulas em escolas próximas a Gaza, há indícios de que Israel pode estar se preparando para uma operação militar mais ampla.

Esta nova escalada de violência põe em xeque meses de esforços diplomáticos e levanta sérias preocupações sobre o futuro da região. Com ambos os lados endurecendo suas posições, a perspectiva de paz parece cada vez mais distante.