Lula também expressou sua posição contra a realização de uma reforma ministerial ou alterações específicas na equipe de governo
Na última quinta-feira, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou, em uma reunião com seu gabinete ministerial, a necessidade de o governo permanecer vigilante para que as eleições para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado, previstas para o início de 2025, não perturbem as operações diárias do Poder Executivo.
Durante o encontro, que teve como objetivo discutir a dinâmica de trabalho com os líderes de cada ministério, Lula introduziu o tema das futuras mudanças políticas. “Vamos ouvir o ministro Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) sobre a estratégia política para os próximos dois anos. Estaremos diante de mudanças nas lideranças da Câmara e do Senado, e precisamos proceder com cautela para garantir que isso não afete a governança”, afirmou o presidente.
Lula também expressou sua posição contra a realização de uma reforma ministerial ou alterações específicas na equipe de governo, sustentando o princípio de que “não se deve alterar uma equipe vencedora”. Ele enfatizou que a responsabilidade pelas mudanças ministeriais recai exclusivamente sobre ele, descartando especulações da imprensa sobre possíveis substituições. “A decisão de fazer mudanças é minha, e, no momento, não estou considerando nenhuma”, declarou.

Lula: Eleições no Congresso Não Devem Impactar Governo
O chefe de Estado solicitou prudência por parte dos ministros nas eleições que definirão os sucessores de Arthur Lira (PP-AL) na Câmara e de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) no Senado. Atualmente, a corrida pela sucessão de Lira inclui Antonio Brito (PSD-BA), Elmar Nascimento (União Brasil-BA) e Marcos Pereira (Republicanos-SP), enquanto Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) aparece como favorito para suceder Pacheco no Senado.
A reportagem da Folha de S.Paulo revelou que as negociações em torno da sucessão na Câmara dos Deputados também envolvem duas vagas que se abrirão no Tribunal de Contas da União (TCU) até 2027, com as aposentadorias dos ministros Aroldo Cedraz e Augusto Nardes, que atingirão a idade limite de 75 anos. Essas posições, conforme indicado, serão preenchidas por nomeações da própria Câmara.
Parlamentares relataram que essas vagas já estão sendo objeto de discussão nos bastidores, com alguns sugerindo que os ministros do TCU considerem antecipar suas aposentadorias para facilitar a concretização desses acordos políticos, incluindo possíveis pressões para que tal medida seja avaliada.