Posicionamento Argentino na Cúpula do Mercosul

Na abertura da cúpula do Mercosul em Montevidéu, o governo argentino de Javier Milei apresentou uma postura pragmática em relação ao acordo com a União Europeia (UE). O chanceler Gerardo Werthein, recém-empossado, expressou o apoio do país ao tratado, porém condicionou-o a uma maior flexibilização do bloco sul-americano.

Principais Pontos do Discurso Argentino

1. Apoio condicional ao acordo UE-Mercosul
2. Demanda por maior flexibilidade na agenda externa
3. Necessidade de importações competitivas
4. Busca por soluções para a pobreza através do mercado externo

Declarações-Chave

“Para nós, esse acordo [com a UE] não é determinante, mas a Argentina privilegia o interesse de todos os sócios, ainda que isso contenha certas coisas que não nos contemplam” – Gerardo Werthein

O governo Milei enfatiza a importância de considerar as necessidades específicas da Argentina, propondo uma abordagem mais flexível para acordos comerciais externos.

Contexto Econômico Argentino

A administração Milei argumenta que o acesso a mercados externos é crucial para combater a pobreza e impulsionar o desenvolvimento econômico do país.

Impacto no Mercosul e Relações Regionais

A posição argentina encontra ressonância com as aspirações do presidente uruguaio Luis Lacalle Pou, que busca maior abertura para acordos bilaterais, incluindo negociações com a China.

Perspectivas para o Acordo UE-Mercosul

• Chegada de Ursula von der Leyen a Montevidéu sinaliza possível conclusão das negociações técnicas
• Expectativa de anúncio oficial para sexta-feira, às 10h (horário de Brasília)
• Chanceler uruguaio Omar Paganini indica que o caminho está preparado, mas ressalta a necessidade de consenso entre todos os líderes

A postura da Argentina reflete uma tentativa de equilibrar os interesses regionais com as necessidades econômicas internas. O desfecho das negociações e a eventual implementação do acordo UE-Mercosul poderão ter impactos significativos na dinâmica comercial e política da região.