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Ofensiva Russa Resulta em Tragédia na Ucrânia com 51 Mortos

Ofensiva Russa Resulta em Tragédia na Ucrânia com 51 Mortos

O ataque ocorreu quando um centro militar em Poltava, leste da Ucrânia, foi atingido por dois mísseis balísticos.

Nesta terça-feira, a Rússia executou um dos ataques mais letais até o momento na guerra contra a Ucrânia, causando a morte de pelo menos 51 indivíduos e ferindo outros 219. O ataque ocorreu quando um centro de formação militar localizado em Poltava, na região leste da Ucrânia, foi alvo de dois mísseis balísticos.

O chefe de Estado ucraniano, Volodimir Zelenski, ordenou a realização de uma investigação para apurar as responsabilidades militares na prevenção deste trágico evento. Não foi mencionado, porém, que tanto o Instituto de Comunicações de Poltava quanto um hospital vizinho, que acolhem cadetes e soldados, foram os locais atingidos.

Anteriormente, o ataque mais mortífero registrado durante o conflito havia sido em Kramatorsk, numa estação ferroviária, resultando em 61 mortes no ano de 2022. Aquele ataque foi realizado com um míssil de artilharia, um modelo utilizado tanto por forças pró-Rússia quanto por Kiev, o que gerou disputas sobre a autoria.

Até o momento, o Ministério da Defesa Russo não se pronunciou sobre o incidente. Contudo, a postura habitual da Rússia é afirmar que seus alvos são estritamente militares ou de importância estratégica, excluindo alvos civis. Analistas militares russos consultados pela Folha sugerem que o ataque pode ter utilizado mísseis do tipo Iskander-M, uma teoria que coincide com a da Procuradoria-Geral da Ucrânia.

Ofensiva Russa Resulta em Tragédia na Ucrânia com 51 Mortos

Ofensiva Russa Resulta em Tragédia na Ucrânia com 51 Mortos

Apesar da natureza militar do alvo, a divulgação de um “ato bárbaro” contra civis, como anunciado por Zelenski, é complicada pela natureza do conflito.

Em uma ação anterior, a Rússia havia anunciado um ataque coordenado contra a infraestrutura ferroviária ucraniana, utilizando 35 drones, dos quais 27 foram interceptados por Kiev, além de quatro mísseis – incluindo os que atingiram Poltava. Esses ataques adicionais resultaram em duas mortes em Zaporíjia (sul) e uma em Dnipro (centro).

Informações da RBK-Ucrânia indicam que os serviços secretos estão investigando se houve falha militar em alertar a população de Poltava a tempo sobre o ataque.

A ofensiva russa intensificou-se na semana anterior, com três ataques significativos, incluindo a maior operação do tipo na guerra. Em resposta, a Ucrânia lançou o maior número de drones contra a Rússia no domingo, e Moscou retomou os ataques já na segunda-feira.

Este incidente aumenta a pressão de Kiev sobre seus aliados ocidentais para o fornecimento e permissão de uso de mísseis de longo alcance em território russo. Zelenski já discutiu novamente a questão com aliados, incluindo o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau.

Em uma manobra estratégica, ao invadir a região russa de Kursk em 6 de agosto, Zelenski visava demonstrar a vulnerabilidade das “linhas vermelhas” do Kremlin, utilizando para isso mísseis americanos.

Zelenski busca agora autorização para atacar bases aéreas distantes na Rússia, de onde partem bombardeiros estratégicos e caças MiG-31K. Os mísseis Iskander-M, considerados os mais avançados do arsenal russo, têm um alcance de 500 km e são lançados de plataformas móveis.

A escalada no conflito aéreo tem múltiplos objetivos. Para Kiev, representa uma forma de solicitar mais apoio internacional. Para Moscou, é uma estratégia para pressionar os ucranianos, tanto em seu território quanto em avanços na região de Donetsk.

PUTIN VISITA MONGÓLIA SEM RESTRIÇÕES

Apesar das objeções da Ucrânia, da União Europeia e do Tribunal Penal Internacional (TPI), que emitiu um mandado de prisão contra Putin por supostos crimes de guerra no ano passado, o presidente russo visitou a Mongólia sem enfrentar impedimentos.

A Mongólia, que reconhece a jurisdição do TPI, teoricamente deveria deter o líder russo. No entanto, a posição geopolítica delicada do país, situado entre a Rússia e a China, e a promessa de projetos energéticos por parte de Moscou, prevaleceram.

O Kremlin assegurou que não haveria embaraços durante a visita, e assim foi. Putin convidou a Mongólia a participar como observadora da próxima reunião do Brics em Kazan, oferecendo uma oportunidade para demonstrar apoio internacional apesar das críticas à invasão da Ucrânia.

O TPI acusou Putin e outras autoridades russas de removerem ilegalmente crianças ucranianas para a Rússia, alegação que o Kremlin nega. No ano passado, Putin evitou uma reunião do Brics na África do Sul devido ao mandado, já que o país anfitrião não conseguiu autorização do TPI para recebê-lo.

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