O recente estudo publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na revista eBioMedicine destaca 17 patógenos cruciais para o desenvolvimento de novas vacinas. Esta pesquisa pioneira, financiada pela Fundação Bill e Melinda Gates, estabelece prioridades baseadas em critérios como impacto regional, resistência antimicrobiana e consequências socioeconômicas.

Metodologia e critérios de seleção

1. Análise da carga regional de doenças
2. Avaliação do risco de resistência antimicrobiana
3. Consideração do impacto socioeconômico
4. Consulta a especialistas internacionais e regionais

Prioridades por região da OMS

Patógenos prioritários identificados

Necessidade urgente de pesquisa

• Streptococcus do grupo A
• Vírus da hepatite C
• HIV-1
• Klebsiella pneumoniae

Vacinas em desenvolvimento

• Citomegalovírus
• Vírus da gripe (vacina amplamente protetora)
• Espécies de Leishmania
• Salmonella não tifoide
• Norovírus
• Plasmodium falciparum
• Espécies de Shigella
• Staphylococcus aureus

Vacinas próximas à aprovação

• Vírus da dengue
• Streptococcus do grupo B
• E. coli patogênica extraintestinal
• Mycobacterium tuberculosis
• VSR (vírus sincicial respiratório)

“Muitas vezes as decisões globais sobre novas vacinas foram impulsionadas pelo retorno do investimento e não pelo número de vidas que poderiam ser salvas nas comunidades mais vulneráveis.” – Kate O’Brien, diretora do Departamento de Imunização, Vacinas e Produtos Biológicos da OMS

Impacto e objetivos do estudo

1. Apoiar a Agenda de Imunização 2030
2. Identificar prioridades de pesquisa em países de baixa e média renda
3. Informar a agenda global de pesquisa e desenvolvimento de vacinas
4. Avançar no desenvolvimento de vacinas contra patógenos de maior impacto na saúde pública

Este estudo representa um passo significativo na direção de uma abordagem mais equitativa e eficaz no desenvolvimento de vacinas globalmente. Ao priorizar patógenos com base em seu impacto real nas comunidades mais afetadas, a OMS busca direcionar recursos e esforços de pesquisa para onde são mais necessários, potencialmente salvando milhões de vidas e reduzindo o ônus econômico das doenças infecciosas em todo o mundo.