Neste domingo, um incidente no voo AA292 da American Airlines, que fazia a rota de Nova York a Nova Deli, fez com que ele fosse desviado para Roma por causa de uma ameaça de bomba. Enquanto cruzava o Mar Cáspio, o alerta de bomba mobilizou uma resposta rápida e coordenada no Aeroporto Internacional Leonardo da Vinci em Fiumicino, que se corresponde com Roma assim como Guarulhos com São Paulo. Equipes de solo e controle de tráfego tentaram agilizar ao máximo o processo de pouso e desembarque dos 199 passageiros e a tripulação a bordo de um Boeing 787-9 Dreamliner, a aeronave alterou seu curso planejado assim que a ameaça foi identificada. Monitorados de perto por dois caças Eurofighter Typhoon, os passageiros relataram momentos de tensão, com o jato cercado por escolta militar até seu seguro pouso em uma das principais pistas do Aeroporto às 17h22, horário local. Ninguém se machucou.

Resposta das Autoridades

Na chegada, a equipe a bordo desembarcou em segurança, enquanto especialistas de segurança e esquadrões antibomba realizaram uma varredura minuciosa na aeronave que ficou em uma área isolada e seguindo protocolos estritos. Embora a American Airlines tenha emitido um comunicado sobre a ameaça indeterminada à segurança, as investigações não revelaram qualquer dispositivo de explosão, classificando posteriormente a ameaça como “não crível”, ou seja, foi só uma ameaça mesmo. Apesar da comoção, as operações no Aeroporto de Fiumicino continuaram ininterruptas, evidenciando a eficiência das respostas operacionais. A American Airlines afirmou que o voo permaneceria em Roma durante a noite para o descanso regulamentar da tripulação, esse tipo de procedimento é minucioso e leva tempo e os pilotos não podem ficar sem dormir. O custo aeroportuário e a hospedagem e alimentação de mais de 200 pessoas gera um prejuízo financeiro enorme para a empresa, além do prejuízo operacional de todos os envolvidos(caças militares bebem muito mais que um Opala 8 cilindros)

Preocupações e Investigações Futuras

Este evento destaca as contínuas sensibilidades associadas à segurança aérea internacional, e dificultando cada vez mais o nosso caminho até a aeronave quanto maiores forem as etapas de checagem do nosso corpo e bagagens. As autoridades italianas, junto à American Airlines, comprometem-se a aprofundar as investigações para encontrar a origem da ameaça. Em geral toda a ameaça de bomba é levada em consideração na aviação mundial, a orientação é de que nunca se descarte uma ameaça sem prevenção e investigação, um trote desse tipo pode render muitos problemas jurídicos e até algum tempo de prisão em vários países. O brasileiro Francisco Fernando Cruz usou um computador da Montclair State University, em Nova Jersey,  para enviar e-mails informando a polícia de Miami e a TAM sobre a suposta bomba. Ele foi preso no aeroporto de Miami, no dia seguinte e foi transferido para cadeias em três estados diferentes durante quase um ano prisão.

O começo de 2025 parece que está sendo mais díficil para a aviação civil que em anos anteriores mas isso não é realidade. Segundo o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos(CENIPA), janeiro e fevereiro de 2025 registram 30 acidentes, 8 deles com fatalidades, enquanto 2024 registrou 38 acidentes com o mesmo número de 8 vítimas fatais no mesmo período. Nos EUA essa média foi até menor que a do ano passado segundo o National Transportation Safety Board (NTSB). Mas é bom estarmos inseguros, a maioria dos acidentes graves acontece justamente quando todos acredtam que nada vai dar errado. Enquanto estivermos alertas e inseguros ficaremos bem.