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Paris Dá Início às Paralimpíadas com Cerimônia Engajada

Paris Dá Início às Paralimpíadas com Cerimônia Engajada

O evento, que ocorreu na noite de quarta-feira (28), teve como foco a sensibilização para a inclusão de pessoas com deficiência

Em uma noite marcada pela expectativa e pelo engajamento, Paris inaugurou os Jogos Paralímpicos com uma cerimônia descrita pelo seu idealizador, o renomado diretor de teatro Thomas Jolly, como “militante”. O evento, que ocorreu na noite de quarta-feira (28), teve como foco a sensibilização para a inclusão de pessoas com deficiência, diferenciando-se em escopo, mas não em grandiosidade, da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos ocorrida um mês antes.

A celebração aconteceu nos icônicos Champs-Elysées e na praça da Concórdia, esta última um local de significado histórico profundo, onde o rei Luís 16 e a rainha Maria Antonieta encontraram seu fim em 1793. Diferentemente da abertura olímpica, que se estendeu por seis quilômetros ao longo do rio Sena e incluiu elementos provocativos, a cerimônia paralímpica buscou ressaltar a harmonia, em consonância com o nome da praça.

O espetáculo, intitulado “Paradoxe” por Jolly, propõe uma reflexão sobre a contradição entre o heroísmo dos atletas paralímpicos e os desafios diários enfrentados por eles, como a dificuldade de acessibilidade nas cidades. “É a primeira vez que uma cerimônia de abertura paralímpica acontece no coração de uma cidade, destacando as barreiras ainda presentes para pessoas com deficiência”, destacou Jolly.

"Paris Dá Início às Paralimpíadas com Cerimônia Engajada"

“Paris Dá Início às Paralimpíadas com Cerimônia Engajada”

Segundo Amélie Oudéa-Castéra, ministra dos Esportes e dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, o objetivo da cerimônia não foi provocar, mas sim chamar a atenção para questões importantes. Este evento marca também a primeira vez que a abertura paralímpica se realiza fora de um estádio tradicional, com cerca de 4.400 atletas de 167 delegações, além da equipe paralímpica de refugiados, desfilando pela avenida diante de um público estimado em 50 mil pessoas.

Os atletas russos, que competiriam como “atletas individuais neutros”, foram excluídos do evento devido à invasão da Ucrânia. Representando o Brasil como porta-bandeiras estavam Beth Gomes, do atletismo, e Gabriel Araújo, conhecido como Gabrielzinho, da natação, ambos campeões paralímpicos em Tóquio.

A cerimônia de abertura foi precedida por um revezamento de tochas paralímpicas, que durou quatro dias e contou com a participação de mil pessoas, iniciando em Stoke Mandeville no Reino Unido, considerado o berço do movimento paralímpico. Entre os portadores da tocha, destacou-se o ator Jackie Chan, uma figura adorada tanto em Hollywood quanto na França.

A pira olímpica, reacendida para os Jogos Paralímpicos, foi instalada em um balão no Jardim das Tulherias, sem fogo real, utilizando vapor d’água e lâmpadas LED para criar o efeito da chama, tornando-se uma atração turística entre o Museu do Louvre e o obelisco da Concórdia.

Os Jogos Paralímpicos apresentarão 22 esportes em 19 locais de competição, incluindo locais destacados nos Jogos Olímpicos como Versalhes, Grand Palais e a Torre Eiffel. O evento será concluído em 8 de setembro, com uma cerimônia de encerramento também orquestrada por Thomas Jolly, no Stade de France, palco do encerramento dos Jogos Olímpicos.

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