Portal DATs

PF mira grupo que movimentou R$ 200 milhões com venda ilegal de ouro em Goiás

PF mira grupo que movimentou R$ 200 milhões com venda ilegal de ouro em Goiás

Operação cumpriu 31 mandados de busca e apreensão em Goiás e outros seis Estados, além do Distrito Federal

A Polícia Federal foi às ruas na manhã desta terça-feira, 12, em operação contra um grupo suspeito de movimentar R$ 200 milhões com a extração e venda ilegal de ouro e pedras preciosas. Ao todo, foram cumpridos 31 mandados de busca e apreensão em Goiás, Mato Grosso, Pará, Tocantins, Maranhão, São Paulo, Minas Gerais e no Distrito Federal.

LEIA TAMBÉM 

Pastor flagrado de calcinha e peruca diz que fazia investigação; vídeo

Inflação fecha julho em 0,26%; alimentos caem pelo segundo mês seguido

O alvo da investigada, conforme a PF, é grupo que comprava, transportava e vendia minérios ilegalmente. Conforme investigado, os suspeitos abasteciam empresas do setor de joias, lavavam dinheiro com as vendas e promoviam o enriquecimento ilegal.

A polícia apreendeu barras de ouro, dinheiro e veículos, e determinou o sequestro de apartamentos, casas e fazendas, além de duas aeronaves.

Confira a lista de cidades com mandados de busca e apreensão:

  • Capanema e Cumaru do Norte no Pará
  • Luís Domingues do Maranhão
  • Pontes e Lacerda no Mato Grosso
  • Palmas no Tocantins
  • Goiânia, Senador Canedo, Aparecida de Goiânia e Uruaçu em Goiás
  • Uberlândia em Minas Gerais
  • São José do Rio Preto em São Paulo
  • Brasília no Distrito Federal

Investigação

De acordo com Sandro Paes Sandre, chefe da Delegacia do Meio Ambiente, as investigações iniciaram há aproximadamente dois anos com a primeira fase da Operação Sólidos, em que foi identificado um grupo especializado na extração, aquisição, transporte e comercialização do ouro em natura.

“Identificamos, naquela oportunidade, garimpeiras que estariam fazendo a extração de ouro de leitos de rios na região norte do estado de Goiás e vendendo de forma clandestina para uma pessoa que estava adiquirindo e repassando na forma de barra de ouro para alguns receptadores”, pontuou.

O delegado explicou que a partir da análise dos celulares apreendidos na época foi possível detectar um grupo crimonoso de maior atuação, no território goiano, no Distrito Federal e mais outros estados.

“Essas pessoas adquiriam esse ouro em natura, fundiam o ouro para transformá-lo em barras e vendiam para empresas interessadas em sua aquisição no estado de São Paulo”, disse Sandre.

A Polícia Federal identificou que esse ouro era extraído de áreas não autorizadas pela Agência Nacional de Mineração (ANM) e sem licenciamento ambiental. Na primeira fase da operação, a polícia descobriu um laboratório no fundo de uma empresa de Goiás, onde o mineral era fundido. Já na segunda etapa, um laboratório desativado foi localizado no Tocantins e outro em Goiânia.

Pedro Moura
ADMINISTRATOR
PERFIL

Mais Notícias