Esta análise foi compartilhada por Mauricio Freire, diretor do Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt
Investigações preliminares apontam que os ocupantes do voo 2283, operado pela Voepass, anteriormente conhecida como Passaredo, e que sofreu um acidente fatal em Vinhedo, São Paulo, possivelmente foram instruídos a adotar medidas de segurança antes do impacto. Esta análise foi compartilhada por Mauricio Freire, diretor do Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt, baseando-se na posição em que a maioria dos corpos foi encontrada.
Os restos mortais, descobertos em uma configuração que sugere uma preparação para o choque — com a cabeça entre os joelhos e os braços envolvendo as pernas —, indicam uma tentativa de minimizar os danos do impacto. O trágico evento ocorreu em uma área residencial de Vinhedo, levando à morte de todos os 62 passageiros a bordo, na tarde de sexta-feira, dia 9.
Durante uma coletiva de imprensa realizada na quinta-feira, dia 15, na sede da Polícia Técnico-Científica em São Paulo, detalhes sobre as condições dos corpos foram divulgados. “A preservação das mãos foi notável, facilitando a identificação, mesmo nos casos menos afetados pelo fogo. Não está claro se a tripulação alertou sobre a emergência ou se os passageiros intuíram a gravidade da situação, mas a postura adotada foi crucial na preservação dos corpos”, explicou Freire.
A técnica de segurança conhecida como brace, recomendada em situações de emergência aérea, foi possivelmente utilizada pelos passageiros. O Instituto Médico Legal (IML) concluiu a identificação de todos os 62 corpos até a quinta-feira, liberando os últimos para as famílias no dia seguinte.
A identificação se deu por meio de digitais, análise odontológica, e outras características físicas, sem a necessidade de exames de DNA, graças à eficiência dos exames papiloscópicos e antropológicos realizados pela equipe do IML, que dedicou esforços exclusivos para este caso.
A Força Aérea Brasileira (FAB), em um gesto de solidariedade, organizou o translado dos corpos para Cascavel, Paraná, na sexta-feira, dia 16, utilizando a aeronave C-105 Amazonas. Este voo partiu da Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos, chegando a Cascavel às 12h30, conforme informado pela Prefeitura de Cascavel.
Este trágico incidente uniu esforços de diversas instituições, demonstrando a importância da resposta rápida e coordenada em situações de emergência.
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