Detenções de Estudantes Estrangeiros deixa Brasileiros Ficam em Alerta e com Medo das Decisões de Trump
No ambiente tenso das universidades americanas, um cenário angustiante toma forma para estudantes internacionais que se envolvem em protestos pró-Palestina. Entre eles, está Pedro (nome fictício), um brasileiro de 30 anos no terceiro ano de seu doutorado na Universidade de Michigan. Em vez de focar exclusivamente em sua qualificação de tese e trabalho de campo, Pedro agora teme a possibilidade de detenção e deportação pela administração Trump.

Universidade de Michigan
A situação se agravou com uma série de detenções recentes, incluindo estudantes de destaque em universidades como Columbia e Georgetown, que participaram de manifestações campus contra Israel. Rumeysa Ozturk, doutoranda turca, foi detida em condições dignas de operações contra criminosos, simplesmente por ter publicado artigos sobre o tema na Universidade Tufts.
A Justificativa Terrorista
O governo de Donald Trump ameaça deportar esses estudantes por alegadas ligações com o Hamas, categorizado como grupo terrorista, mesmo sem provas concretas. Além disso, pressiona universidades, cortando financiamentos de milhões de dólares e exigindo que as instituições suprimam protestos críticos a Israel.
Universidades de elite têm emitido avisos a alunos estrangeiros, aconselhando-os a não viajarem para fora do país devido ao risco de impedimento de retorno. E-mails e panfletos circulam com instruções sobre o que fazer em situações de detenção e deportação. Apesar de detenções notórias e do clima de medo, os protestos continuam, algumas vezes, com os manifestantes cobrindo seus rostos com máscaras.
Cerco Digitlal
O peso emocional sobre esses estudantes é imenso. Em meio à pressão, muitos, como Rafael (nome fictício), um ex-colega do detido Mahmoud Khalil na Columbia, tentam evitar chamar atenção e suprimem sua voz nas redes sociais. Temendo estar sob vigilância governamental, restringem comunicações e apagam suas presenças digitais, enquanto agentes do serviço de imigração frequentemente tentam intimidá-los com falsas acusações.
Este ambiente hostil também compromete a liberdade acadêmica, impondo barreiras ao trabalho de campo necessário para carreiras acadêmicas em história ou antropologia, que requerem acesso a recursos internacionais.
A incerteza aflige aqueles que estudam ou são oriundos do Oriente Médio, com eventos acadêmicos como o congresso da Middle East Studies Association (MESA) ameaçados pela impossibilidade de entrada de acadêmicos no país.
Para os mais de uma dezena de brasileiros entrevistados, como Pedro e Rafael, o tempo nos EUA se transformou em um jogo de equilíbrio delicado entre manter-se discreto e lutar contra as crescentes restrições. A contínua hesitação em demonstrar apoio público a causas vistas como controversas apenas intensifica o sentimento de opressão predominante.