Moscou Mobiliza Frota em Escala Sem Precedentes Desde a Era Soviética
Putin Supervisiona Operação Oceano-24, Envolvendo Centenas de Embarcações e Dezenas de Milhares de Militares
O presidente russo Vladimir Putin deu início nesta terça-feira (10) ao mais extenso exercício naval da Rússia desde o fim da Guerra Fria. A operação, denominada Oceano-24, abrange múltiplas regiões marítimas e conta com a participação da China nas fases iniciais no Pacífico.
Dimensões Impressionantes
De acordo com o Ministério da Defesa russo, o exercício envolve:
- 400 embarcações
- 120 aeronaves
- 90.000 marinheiros
As manobras se estenderão por vastas áreas, incluindo o Pacífico, Ártico, Báltico, Mar Cáspio e Mediterrâneo, prosseguindo até 16 de outubro.
Objetivos Estratégicos e Contexto Geopolítico
Putin, supervisionando as operações do centro de comando no Kremlin, enfatizou a importância do exercício:
“Testaremos diversos armamentos modernos. Continuaremos a fortalecer nossa Marinha, inclusive sua componente nuclear.”
O líder russo também criticou os Estados Unidos, acusando-os de buscar vantagens militares e provocar uma corrida armamentista.
Cooperação Sino-Russa
A China, principal aliada de Moscou, participa com:
- 4 navios de guerra
- 1 navio de apoio
Esta colaboração marca a quinta patrulha conjunta sino-russa no Pacífico desde 2022, quando Putin e Xi Jinping declararam sua “amizade sem limites”.
Desafios e Controvérsias
A Marinha russa enfrenta desafios significativos, particularmente no Mar Negro, onde sofreu perdas consideráveis durante o conflito na Ucrânia. O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, afirmou recentemente que 32 embarcações russas foram destruídas ou danificadas nessa região.
Mudanças no Comando
Em resposta às dificuldades, Putin realizou mudanças no alto comando naval em abril, nomeando Alexander Moseiev, anteriormente da Frota do Norte, como novo comandante geral da Marinha.
Implicações Globais
O exercício Oceano-24 é visto como uma tentativa de Moscou de reafirmar sua presença naval global e restaurar a reputação de sua frota. Analistas do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS) em Londres estimam que a Rússia possui atualmente 441 embarcações navais e 208 aeronaves sob comando naval.
Perspectivas Futuras
Enquanto a Rússia busca demonstrar força e capacidade de projeção de poder, a comunidade internacional observa atentamente. O exercício levanta questões sobre o equilíbrio de poder naval global e as implicações para a segurança marítima em diversas regiões estratégicas.
Para mais informações sobre estratégia naval e segurança marítima global, consulte o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS) e o Instituto Naval dos Estados Unidos.
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