Alves, procurador federal, foi exonerado da AGU pelo governo Lula após participar de reunião
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) gerou controvérsia ao nomear Adler Anaximandro Alves para um cargo de confiança em sua administração. Alves, um procurador federal de carreira, foi recentemente exonerado da Advocacia-Geral da União (AGU) durante o governo Lula (PT) devido à sua participação em uma reunião controversa com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Detalhes da Nomeação
Através de um decreto publicado na quinta-feira (19), Alves foi designado para presidir o conselho administrativo da São Paulo Previdência (SPPrev), substituindo Marina Brito Battilani. A SPPrev é responsável pela gestão dos regimes previdenciários dos servidores públicos estaduais, tanto civis quanto militares.
CARGO | ÓRGÃO | NOMEADO |
---|---|---|
Presidente do Conselho Administrativo | SPPrev | Adler Anaximandro Alves |
Contexto da Controvérsia
A polêmica surge da participação de Alves em uma reunião realizada em 5 de julho de 2022, que ganhou notoriedade por seu suposto teor golpista. Na época, Alves ocupava o cargo de secretário-geral de Consultoria da AGU.
Cronologia dos Eventos
- Julho 2022: Alves participa da reunião com Bolsonaro
- Fevereiro 2024: Vídeo da reunião é descoberto pela Polícia Federal
- Fevereiro 2024: AGU inicia investigação e Alves é exonerado
- Outubro 2024: Alves é nomeado para cargo no governo de São Paulo
Repercussões e Justificativas
A nomeação de Alves marca a segunda vez que um participante daquela reunião obtém um cargo no governo Tarcísio. Anteriormente, Wagner Rosário, ex-controlador-geral da União, foi nomeado para um cargo similar em São Paulo.
Em resposta às críticas, o governo de Tarcísio emitiu uma nota afirmando que Alves “cumpre todos os requisitos técnicos para a nomeação” e que “no procedimento instaurado pela AGU foi esclarecido que o servidor estava na reunião em razão de ser sido convocado oficialmente”.
Investigação e Desfecho
A AGU havia iniciado uma “instrução preliminar, de natureza investigativa” para verificar possíveis transgressões disciplinares por parte de Alves. Segundo a nota do governo paulista, “o expediente da AGU já foi arquivado”.
Esta nomeação levanta questões sobre a interseção entre política federal e estadual, bem como sobre os critérios para nomeações em cargos públicos de confiança. Enquanto o governo Tarcísio defende a competência técnica de Alves, críticos questionam as implicações políticas de sua nomeação, considerando seu histórico recente.
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