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WEG em queda livre: Vale a pena investir agora?

WEG em queda livre: Vale a pena investir agora?

Apesar do lucro líquido de R$ 1,592 bilhão, as ações operam em queda de 5,13% no dia –o maior recuo diário do Ibovespa.

O mercado não recebeu com entusiasmo os resultados da WEG (WEGE3) do segundo trimestre deste ano, divulgados nesta quarta-feira, 23. Apesar do lucro líquido de R$ 1,592 bilhão – 10,4% maior que no mesmo período de 2024 –, as ações operam em queda de 5,13% no dia, a R$ 41,32, o maior recuo diário do Ibovespa.

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Segundo o Safra, o desempenho foi sustentado pela valorização de 8,8% do dólar frente ao real e pela consolidação total das empresas Marathon, Cemp e Rotor, adquiridas em 2023 pela empresa. Em meio ao cenário, o próprio Safra manteve a recomendação neutra – ou seja, nem comprar, nem vender. Entre os motivos está o cenário macroeconômico global ainda incerto, devido a:

  • Tensões geopolíticas: se agravadas, podem provocar disrupções na cadeia de suprimentos, aumento de custos e mais incerteza no mercado;
  • Revisões negativas nos lucros: a XP estima lucro líquido de R$ 7,4 bilhões em 2026, cerca de 11% abaixo do consenso, o que indica espaço para cortes nas estimativas;
  • Valuation assimétrico: com crescimento modesto, o múltiplo P/L justo seria de 20 vezes – abaixo das 24 vezes atualmente projetadas para 2026. “Isso indica uma assimetria negativa em relação ao múltiplo atual, ou seja, o mercado está pagando mais do que deveria com base nas perspectivas de crescimento”.

Já o Genial tem visão mais otimista e manteve recomendação de compra. A casa destaca que, pela primeira vez em cinco anos, a WEG negocia com desconto de 7% no P/E, frente à média histórica de prêmio de 30%.

“Embora reconheçamos que parte disso se deva à frustração no curto prazo, seguimos vendo a necessidade de prêmio como uma diferença estrutural. A WEG ainda se destaca por ter margens mais elevadas que seus pares, modelo verticalizado e presença relevante em geografias resilientes, o que justifica sua capacidade de capturar crescimento com mais eficiência”, disse o banco.

Pedro Moura
ADMINISTRATOR
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